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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

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sábado, 17 de outubro de 2009

domingo, 14 de junho de 2009

El País: «Catalunha coloca imigrantes em centros especiais»

A Catalunha decidiu por em marcha, a partir de Setembro, os centros especiais para alunos imigrantes, estes centros não integram o sistema de ensino

«Mortos e vivos viajavam juntos». Uma pequena embarcação de imigrantes com quatro cadáveres e 55 sobreviventes chega à ilha La Gomera. Os imigrantes ilegais viajam há cinco dias sem mantimentos nem água. - «Um homem mata a esposa, os dois filhos e depois suicida-se». Juan Pérez, um construtor de 43 anos matou a mulher e os filhos à facada e depois deu num tiro na garganta.


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«Polícias espancam para obter provas»



Marinho Pinto volta a ser muito crítico, falando de tortura

Marinho Pinto continua ao ataque. O bastonário da Ordem dos Advogados continua a falar de tortura e denuncia o comportamento da polícia. Num colóquio em Abrantes, voltou a ser muito Durão nas críticas.
«Temos em Portugal, em pleno século XXI, situações em que pessoas são torturadas, espancadas brutalmente e submetidas a sevícias corporais com dor aguda para que elas digam o que o inquisidor quer saber», frisou, acrescentando: «É a Inquisição, tudo no processo penal inquisitorial é orientado para a confirmação pelo arguido dos factos».
«Nunca nenhum [arguido] se tentou suicidar quando interrogado pelo Ministério Público ou por um juiz, como também nenhum se tentou suicidar quando interrogado pela polícia com o seu advogado ao lado», disse, em declarações citadas pela agência Lusa.





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Gato sobrevive a queda de 26 andares

O felino sobrevive à longa queda sem qualquer ferimento



Um gato caiu do vigésimo sexto andar do apartamento onde morava com a sua dona em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América, e sobreviveu à longa queda sem qualquer ferimento.
De acordo com a «ABC News», o incidente ocorreu quando a Keri Hosteler, a dona do gato, estava a arrumar o apartamento. Ao abrir a janela do quarto o gato subiu para o parapeito e acabou por cair.
A queda do gato que se chama «Lucky», que em português que dizer sorte, foi filmada por dois homens que estavam num andaime do outro lado da rua.

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Pinguins gays adoptaram cria abandonada

Jardim zoológico testa orientação sexual de pinguins com características homossexuais


Dois pinguins Humboldt machos «gays» chocaram um ovo abandonado e tornaram-se nos pais adoptivos da cria rejeitada. O caso aconteceu no jardim zoológico de Bremerhaven, na Alemanha, e a decisão de entregar o ovo abandonado aos machos Z e Vielpunkt prendeu-se com o facto de o casal ter sido observado a tentar chocar uma pedra.
A cria nasceu há quatro semanas e parece fazer as delícias dos pais. Segundo o jardim zoológico «Z e Vielpunkt aceitaram o «presente de Páscoa» e começaram a chocá-lo de imediato».
Segundo a BBC Brasil, inicialmente o jardim zoológico de Bremerhaven ficou conhecido em 2005 quando revelou os seus planos de «testar» a orientação sexual de pinguins com tendências homossexuais.
«Desde o nascimento do filhote, eles comportam-se da maneira que era esperado que um casal heterossexual comporta-se. Os dois pais estão felizes e passam os dias a protegera, a cuidar e a alimentar o filhote adoptado», revela o jardim zoológico.
Os pinguins de Humboldt são normalmente encontrados na costa do Peru e do Chile, mas segundo a agência de notícias AFP, sua população vem decrescendo por causa da pesca intensiva na região.
Jardim zoológico testa orientação sexual
O zoológico de Bremerhaven ficou conhecido em 2005 por conta de seus planos de «testar» a orientação sexual de pinguins com características homossexuais.
O comportamento «gay» entre pinguins machos já tinha sido observado, assim como a criação de crias por parte destes casais.
O comportamento homossexual está documentado entre varias espécies de animais. No entanto, segundo Stuart West, biólogo especializado da Universidade de Oxford, não é se sabem detalhes do mesmo.
Inicialmente, três casais de pinguins machos foram observados a tentar acasalar e a tentar chocar pedras. O jardim zoológico chegou a colocar quatro fêmeas junto com os machos, na tentativa de que a espécie ameaçada se reproduzisse. No entanto, o plano teve de ser abandonado pois os defensores dos direitos gays acusaram o zoo de interferir no comportamento dos animais.


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Combatem os ladrões plantando flores


«Operação flores» tem tido resultados positivos em Tóquio


Quase dois mil assaltos em 2002 deixaram a população de um bairro de Tóquio, Japão, em alerta constante contra os ladrões. Os vizinhos decidiram investir na denominada «Operação Flores», um método inovador no combate ao crime, refere a Reuters.
Tudo começou há três anos, quando os residentes de Suginami começaram a plantar flores nas ruas do bairro. «Ao plantarem as flores, estão mais atentos à rua enquanto tratam das flores e as regam. A melhor maneira de prevenir o crime é ter mais pessoas atentas», explicou Kiyotaka Ohyagi, um agente da cidade.
As flores fazem parte de uma grande campanha contra a criminalidade. 9600 voluntários fazem patrulhas nas ruas e há 200 câmaras de videovigilância.
A verdade é que a «Operação Flores» tem compensado. O número de crimes desceu 80 por cento.





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Tem mais de cem agulhas no corpo e não sabia

Chinês brincava com agulhas quando era criança, mas só agora descobriu que as engoliu

Liu Lijian queixava-se de dores um pouco por todo o corpo e foi ao médico, onde descobriu que tem mais de cem agulhas dentro dele, segundo a Globo.
Os médicos ficaram surpreendidos quando os raios-X mostraram os pequenos objectos dentro do corpo do chinês de 46 anos, mas mais surpreendido ainda ficou o próprio, que não se lembra de as ter colocado ali.
«Ele diz que costumava brincar com agulhas quando era criança, mas não se lembra de as colocar no seu corpo. É um milagre que ele tenha ficado tanto tempo sem ter tido nenhuma infecção», disse um porta-voz do hospital onde Liu se encontra internado.
Agora os médicos preparam-se para efectuar uma série de cirurgias bastante delicadas, uma vez que um pequeno passo em falso pode colocar em perigo a vida do chinês.

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Erecção prolongada dá processo em tribunal

Homem diz que o problema afectou o seu casamento

Uma erecção prolongada de 55 horas foi motivo para o ex-presidiário Dawud Yaduallah, de 43 anos, colocar um processo sobre a enfermeira Judith Lovelace, noticia o jornal brasileiro «Globo». O caso ocorreu nos Estados Unidos.
Yaduallah alega que teve uma dolorosa erecção depois de ter sido medicado pela enfermeira. De acordo com o homem, a enfermeira provocou «graves danos ao pénis, incluindo a disfunção eréctil, incapacidade de ejacular e dor durante as relações sexuais».
O homem afirmou que precisa de uma prótese para «restaurar a sua função sexual». Yaduallah destacou também que o problema médico afectou o seu casamento.
Dawud Yaduallah confessou que, durante o tempo em que esteve na prisão, recebeu doses diárias de antipsicóticos que provocaram erecções persistentes e dolorosas.

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Homem troca porco por droga


O negócio realizou-se nos EUA, acabando por levar à detenção dos dois indivíduos envolvidos no negócio


Um homem de 45 anos foi preso, nos EUA, por ter sido apanhado a negociar um porco em troca de droga, segundo informação da Globo.
A polícia de Syracuse, de Nova Iorque, apanhou em flagrante Angelo Colon, enquanto oferecia metade de um porco e mais dez dólares (sete euros) por uma dose de crack, no valor de 50 dólares (35 euros).
Omar Veliz, o vendedor da droga, ainda tentou disfarçar o negócio, dizendo que o porco era para comemorar a saída de um familiar da prisão.
A polícia acabou por deter Angelo, por posse de droga e Omarz vai responder por venda de estupefacientes.
Enquanto a polícia efectuava as detenções, o porco acabou por desaparecer.





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Dez anos de prisão por urinar em elevador


Norte-americano tinha uma espécie de «ritual» que o pode levar agora para a cadeia

Um homem de 55 anos pode ser condenado a dez anos de prisão por ter urinado várias vezes num elevador de um edifício público da cidade de Detroit, nos EUA, diz a Globo.
Michael Hicks foi acusado de dano mal-intencionado, um crime que pode ser punido até dez anos de prisão. Os estragos da sua urina foram avaliados em cerca de mil dólares.
O caso começou a ser investigado em Agosto de 2007, depois da Superintendência Geral de Administração Tributária do Tesouro se ter queixado à polícia que o seu elevador cheirava a urina.
O mistério prolongou-se até as autoridades terem colocado uma câmara de vigilância no elevador. Hicks foi apanhado e confessou o crime, não dando nenhuma explicação lógica para o sucedido.





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Preso pela 153ª vez em 25 anos

Americano foi detido uma semana depois de ter passado um ano na prisão

Com uma extensa ficha criminal, o norte-americano Paul Baldwin foi preso pela 153ª vez, em 25 anos, apenas uma semana depois de ter cumprido um ano de prisão por roubar uma lata de cerveja no valor de 1,99 dólar (1,40 euro), segundo informação da «Globo».
Baldwin, de 49 anos, foi preso pela primeira vez em 1984, sendo, de acordo com a promotora Rena DiLando, um perigo para a comunidade.
O norte-americano foi agora detido, em Portsmouth, no estado de New Hampshire (EUA),acusado de agressão. A justiça estabeleceu uma fiança de cinco mil dólares (cerca de três mil e quinhentos euros).
Baldwin deverá comparecer no tribunal no dia 16 de Junho.


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Professores solidários com estudantes anti-Bolonha

Espanha: docentes encerraram-se num dos edifícios da universidade


Um grupo de 17 professores e três funcionários não-docentes encerraram-se esta quarta-feira, ao final da noite, num dos edifícios da Universidade de Barcelona, em solidariedade com estudantes que têm realizado acções idênticas contra o Processo de Bolonha, noticia a Lusa
A decisão do grupo de professores surge também em protesto pela forma como os estudantes foram desalojados, na semana passada, do mesmo edifício daquela universidade.
Essa acção policial suscitou batalhas campais nas ruas de Barcelona, causando dezenas de feridos o que poderá levar ao afastamento do responsável da policia regional, os Mossos d`Esquadra.
«Cargas brutais»
Os professores explicaram aos jornalistas que vão ficar no edifício pelo menos até à noite de quinta-feira, altura em que está convocada uma manifestação estudantil para o centro de Barcelona, até agora ainda não autorizada.
A acção dos professores surge depois de uma assembleia do Pessoal Docente e Investigador (PDI) e do Pessoal Administrativo e de Serviços (PAS) ter aprovado um manifesto denunciando «as cargas brutais dos Mossos d`Esquadra» na passada quarta-feira.
O protesto desta noite soma-se ao realizado por estudantes em Barcelona e Saragoça, nas últimas 24 horas.
No final da manhã, cerca de 30 estudantes ocuparam a reitoria da Universidade de Saragoça, em protesto contra o Processo de Bolonha e, particularmente, solidariedade com os seus colegas de Barcelona, envolvidos num protesto idêntico há vários meses.
Reitoria ocupada
Os alunos, da Assembleia Contra a Privatização da Universidade (ACPU) tem estado a ocupar parte de um dos edifícios da universidade há mais de três meses, tendo-se hoje de manhã transferido para a reitoria.
Também hoje, em Barcelona, um grupo de estudantes ocupou ao início da manhã parte do edifício da Faculdade de Ciências da Educação da Universidade Autónoma Barcelona (UAB), em protesto contra o Processo de Bolonha.
Estudantes já tinham levado a cabo acções idênticas, ao final da noite de terça-feira, nas Faculdades de Geografia e História e de Direito da Universidade de Barcelona.
«Mercantilismo»
Recorde-se que a Declaração de Bolonha, que resultou do denominado Processo de Bolonha, foi assinada pelos ministros da Educação de 29 países europeus, em Junho de 1999.
O texto representa uma mudança significativa nas políticas do ensino superior dos países envolvidos, procurando estabelecer uma Área Europeia de Ensino Superior a partir de reformas nacionais dos vários sistemas de ensino.
O Processo de Bolonha, que pretende avançar na unificação do sistema universitário europeu, tem sido alvo de protestos sucessivos em Espanha, com os alunos a considerarem que representa um aumento das propinas e o «mercantilismo» do sistema educativo.


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Mendigo condenado a um ano de prisão por roubar meio pão


Ilustre Juiz

Um juiz do Tribunal de Barcelona, em Espanha, condenou quarta-feira um mendigo francês a um ano de prisão por ter roubado, com recurso à violência, metade de um pão, noticia a Lusa.
O mendigo foi condenado à revelia por não ter sido notificado do julgamento, uma vez que não tem domicílio para o qual as autoridades pudessem ter enviado o aviso do julgamento.
De acordo com o juiz, o roubo aconteceu a 9 de Setembro, quando o indigente se dirigia à padaria «El Pan», em Badalona, Barcelona, e se apropriou de um pão que uma empregada apanhou também.
O mendigo terá começado a gritar em francês para intimidar a funcionária, tendo conseguido roubar metade do pão.
«Se não tivesse sido usada a violência, a conduta não tinha sido constituída de delito de roubo, uma vez que o valor [do pão] é inferior a 400 euros», esclarece a sentença.
Como prova de que se tratou de um furto violento, o juiz considerou o «sentimento de medo» que assustou a vítima.
A legislação espanhola condena o roubo violento com penas de dois a cinco anos, pelo que o juiz condenou o pedinte a um ano, tendo em conta que se tratou de «um acto menor».


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Mel B: «Sou ninfomaníaca»

Ex-spice girl conta que faz sexo «cinco vezes ao dia» e que isso explica a sua excelente forma física



A cantora Mel B atribuiu a sua excelente forma física ao excesso de sexo que faz com o marido, Stephen Belafonte. «Faço sexo cinco vezes ao dia. Sou ninfomaníaca. É exercício», justificou.
As revelações da ex-spice girl estão na revista britânica «Grazia» deste mês e surgem depois da cantora ter aconselhado todas as mulheres a terem pelo menos um «brinquedinho» sexual.
Mel B., recorde-se, tem exibido seu corpo em shows sensuais em Las Vegas, nos Estados Unidos.


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Sensualidade em desfile de moda no Líbano



Criador libanês Jad Ghandour mostra a sua colecção de alta costura para a estação Outono/Inverno 2009



O estilista libanês Jad Ghandour mostrou a sua colecção de alta costura para a estação Outono/Inverno 2009 numa passagem de modelos em Beirute, no Líbano.
Uma colecção arrojada, com muita cor e sensualidade, que aposta em materiais nobres e recorre aos atributos femininos para realçar os modelos. O desfile encerrou com o habitual vestido de noiva. Um vestido fantástico e muito sensual.


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Pato Donald: 75 anos a protestar e a fazer rir

O pato mais desastrado e refilão do mundo animado da Disney apareceu pela primeira vez no cinema em 1934


O Pato Donald, uma das personagens criadas por Walt Disney, festeja esta terça-feira 75 anos. O pato mais desastrado e refilão do mundo animado apareceu pela primeira vez a 9 de Junho de 1934 numa curta-metragem da série dos Silly Symphonies, «A Galinha Espertalhona». Interpretava o papel de um dos preguiçosos que se recusam a ajudar a galinha a plantar milho, surgindo apenas no final para comer o fruto do trabalho dos outros.
Em 1937, Donald ganhou o estatuto de herói de desenhos animados, acompanhado dos seus sobrinhos Huguinho, Zézinho e Luisinho, e da fiel Margarida. Só em 1947, surgia o tio Patinhas. De chapéu e camisa de marinheiro azuis com risca branca, que se tornariam a sua imagem de marca, Donald rapidamente se revelou impulsivo, irascível, convencido, irritável, implicativo, explosivo, incapaz de pedir desculpa e reconhecer os seus erros, certo de ter sempre razão e, sublinhe-se, um grande azarado de desastrado. Ainda assim, de bom coração.
Donald já exerceu durante estes 75 anos uma centena de profissões, sem realmente convencer em nenhuma delas, além de estar regularmente sem dinheiro. «Ele é um perdedor, não um desistente, por isso não vai abaixo sem luta», escreve Disney sobre a sua personagem.
Walt Disney quis criar uma personagem que fizesse o contraponto com Mickey Mouse e o temperamento explosivo e a voz característica de Donald rapidamente lhe valeram uma popularidade imbatível, tendo sido o herói de mais filmes de desenhos animados do que o próprio Mickey: 128. Isto sem contar com as vezes que apareceu ao lado do Mickey e do Pluto.
Foi 12 vezes nomeado para um Óscar tendo conquistado um em 1943, tem uma estrela no Passeio da Fama, em Hollywood, e foi o herói de milhares de histórias de banda desenhada, onde se estreou também em 1934. Quatro anos mais tarde surgia a primeira revista com o seu nome. Com Carl Barks, que desenhou mais de 500 das suas histórias entre 1942 e 1967, tornou-se na personagem tal qual conhecemos hoje. Foi também na banda desenhada que o Pato Donald se transformou no Super-pato.


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CM: «253 polícias agredidos em 2009»




Dispara violência contra agentes da autoridade. Associação Sindical regista aumento de agressões em Maio. Mais dois PSP foram atacados em Viana do Castelo


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Jovem morre a fugir de grupo rival

Tudo aconteceu na estação de comboios de Cascais

Um jovem de 17 anos morreu, este sábado, na estação de comboios de Cascais, ao fugir de um grupo rival, noticia a TVI.
As agressões terão começado em Lisboa, mas foi na estação que o adolescente faleceu. Quando fugia dos agressores, alegadamente tocou em cabos de alta tensão.
Amigos e familiares culpam a polícia por não ter ligado a um pedido de ajuda e sublinham que os confrontos entre grupo rivais já existem há muito tempo naquela zona.

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Alice Cooper oferece recompensa por mala perdida

Músico «gore» perdeu a colecção de filmes de terror


Alice Cooper perdeu a sua colecção de filmes de terror e oferece uma recompensa a quem os encontrar.
Num comunicado referido pela «NME», o músico recompensará quem encontrar a mala perdida com dois bilhetes e passes para os bastidores de um dos seus espectáculos no Reino Unido «Theatre of Death».
Alice Cooper perdeu uma mala no Aeroporto de Heathrow no passado dia 9, que não foi recuperada e que continha a sua colecção de filmes de terror em DVD e um computador portátil.
A «NME» adianta que as informações devem ser enviadas para o e-mail trevor@planetrock.com.


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E se a Terra chocar com outro planeta?


Experiência diz que é possível que choque aconteça nos próximos cinco biliões de anos

O planeta Terra poderá colidir com Mercúrio, Vénus ou Marte nos próximos cinco biliões de anos, segundo uma simulação da NASA citada na revista Nature.
«É possível, mas muito improvável», destacou Gregory Laughlin, professor da Universidade da Califórnia.
Segundo os cálculos astronómicos realizados, há uma ínfima possibilidade que uma mudança da órbita de Mercúrio provoque uma desestabilização do Sistema Solar, que fará com que vários planetas choquem uns com os outros.





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Novo método de música ilegal

Foram apreendidos 68 mp3 e mp4

A polícia de Madrid descobriu um novo método de venda de música ilegal. O método consiste, de acordo com o que escreve a agência EFE, em oferecer mp3 e mp4 com arquivos de música gravados a pedido do comprador.
Os polícias municipais estão a monotorizar os distritos da cidade em que se vendem estes aparelhos. A polícia apreendeu 68 mp3 e mp4 de várias marcas.
A investigação comprovou que os aparelhos oferecidos chegavam a conter 5.000 arquivos musicais.
Nos locais onde foram apreendidos os aparelhos, a actividade chegou a atingir os lucrar 150.000 euros.


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História da @ começou em 1536


Símbolo começou a ser popularizado nos anos 70 quando se criou o e-mail





A primeira vez que se escreveu a arroba (@) foi a 4 de Maio 1536, de acordo com o que noticia a agência «EFE». O símbolo que se utiliza agora em endereços de e-mail foi representado num documento mercantil enviado de Sevilha a Roma.
O blog Visita Sevilla avançou com a informação do documento que foi escrito pelo comercial italiano Francesco Lapi. «Uma arroba de vinho, que é 1/13 de um barril, vale 70 ou 80 ducados», é, de acordo com o comercial, o que estava escrito na carta.
O documento foi descoberto pelo professor Giorgio Stabile, da Universidade de Sapieza.
A arroba é uma unidade de medida usada até há poucos anos e é a quarta parte de um quintal. A palavra vem do árabe «ar-roub» que significa quatro. A evolução do símbolo começou depois de os monges copistas a passarem para latim, ao escrever «ad», que significava em desenho um «6» reflectido e que se desenvolveu ao longo dos tempos no símbolo que conhecemos.
A relação com a internet tem a ver com o seu significado em inglês «at», tendo sido o símbolo popularizado nos anos 70 quando se inventou o correio electrónico.
Ray Tomlinson, inventor do e-mail, decidiu incorporar a arrobar entre o nome do utilizador e o nome do servidor que devia receber a mensagem. Adoptou o símbolo @ por ser diferente de todos os outros e pouco utilizado, de modo a não haver confusões.





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Portugal em seca «severa» e «extrema»

Maio caracterizou-se como um mês seco a muito seco com quantidades de precipitação em Portugal continental muito inferiores aos valores médios, levando ao agravamento da situação de seca meteorológica, segundo o relatório climático do mês passado.
No final de Maio, 66 por cento do território continental encontrava-se em situação de seca «severa» e «extrema», segundo o documento elaborado pelo Instituto de Meteorologia (IM).
Esta área de Portugal continental corresponde ao interior Norte e a uma grande superfície central do território. A região do Algarve encontrava-se em seca fraca e a do litoral Norte e uma faixa a Norte do Algarve em seca moderada.
No mês passado, a quantidade de precipitação foi inferior a 70 por cento em grande parte do território continental, tendo em conta o período de referência (1971-2000).
A seca meteorológica pode não corresponder às secas hidrológica ou agrícola dado que existe sempre um desfasamento de tempo entre os valores meteorológicos e hidrológicos, porque a falta de chuva pode demorar a reflectir-se nas albufeiras.
Maio já teve noites tropicais
Em relação às temperaturas, em Maio foram registados mais 2.5 graus Celsius na máxima, mais 1.4º na média e mais 0.1º na mínima, tendo em conta os valores médios obtidos no período de referência, entre 1971-2000.
No mês de Maio, ocorreram dois períodos muito quentes, no início e final do mês, segundo o IM, que adianta que foi registada uma onda de calor entre os dias 2 e 8 de Maio em várias estações da rede.
Foram também registadas noites tropicais (caracterizadas por temperaturas mínimas superiores a 20º) em alguns locais do território, nomeadamente em Coimbra, Portalegre, Elvas e Mértola.

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Tubarões já chegaram ao Porto




Cinco tubarões já chegaram à cidade do Porto, onde na próxima segunda-feira vai abrir o aquário Sea Life.
Os animais viajaram com outros milhares de criaturas marinhas, que fizeram mais de 20 horas de camião até ao Porto.
Vieram do centro de investigação da Sea Life em Weymouth, no Reino Unido, e vão ficar no 30º centro deste género em todo o mundo.


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Romanos reciclavam mais do que nós

Arqueólogo garante que, há muitos séculos atrás, havia uma maior consciência ambiental


Um arqueólogo espanhol garante que os romanos reciclavam e reutilizavam mais o lixo do que o Homem actual, segundo a EFE.
Jesús Acero, que estuda os documentos e os achados da civilização romana, assegura que, há muitos séculos atrás, havia uma maior consciência ambiental do que há hoje.
Como exemplo, o especialista deu os recipientes inorgânicos, como a cerâmica, que eram queimados e reutilizados para a agricultura.


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Coreia do Norte ameaça o mundo

Pyongyang informa que vai enriquecer urânio e que utilizará o plutónio como arma nuclear. Bloqueio internacional é «acto de guerra»

A Coreia do Norte garantiu este sábado que vai dar continuidade ao seu programa nuclear e que começará a enriquecer urânio, refere a EFE.
O regime comunista informa que vai começar a enriquecer urânio e que utilizará o plutónio que armazena como arma nuclear.
Além disso, deixa um aviso à comunidade internacional: qualquer bloqueio será encarado como um acto de guerra.
O anúncio surge após a nova resolução da ONU com sanções mais duras por seu recente teste atómico, refere a agência sul-coreana «Yonhap».
A nova resolução da ONU impõe um embargo total às exportações de armas da Coreia do Norte e amplia a proibição das suas importações de armamento, além de permitir a inspecção de navios e aviões suspeitos de transportar armamento.
Recorde-se que, até há pouco tempo, Pyongyang negava ter um programa de enriquecimento de urânio, como suspeitavam os EUA, mas admitia progressos para extrair plutónio, com vista a construir armas nucleares.

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Portugueses gastam mais 300 milhões que em 2008




Nem mesmo a crise está a impedir os portugueses de gastarem mais dinheiro, pelo menos a julgar pelos gastos efectuados com cartões multibanco. Só nos primeiros cinco meses deste ano, foram feitas operações no total de 20,2 mil milhões de euros, mais 295 milhões do que entre Janeiro e Maio do ano passado.
De acordo com dados da Sociedade Interbancária de Serviços (SIBS); que gere a rede Multibanco em Portugal, citados pelo «Correio da Manhã», daquele valor total, 10,5 mil milhões corresponderam a levantamentos. No total, foram levantados 70,1 milhões de euros por dia. Ou seja, em plena crise, foram levantados mais 200 milhões de euros do que em 2008.
Os outros 9,7 mil milhões corresponderam a transacções, o que revela um aumento de 95 milhões.
Contas feitas, os portugueses gastaram em média 134,9 milhões de euros por dia, mais 1,96 milhões diários do que no ano passado.
O único sinal de ligeira contenção está no valor médio dos pagamentos e levantamentos efectuados. Enquanto nos primeiros meses do ano passado cada português levantava, em média, 63,08 euros, nos primeiros cinco meses de 2009 esse valor encolheu para 62,42 euros, num total de 168,5 milhões de operações de levantamento.
Os dados indiciam ainda que a confiança dos portugueses está a melhorar, já que os movimentos foram mais altos em Maio.

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Mais de mil activistas mostraram-se contra a construção da refinaria Balboa




Mais de mil activistas e responsáveis de plataformas ambientais das regiões espanholas de Extremadura e Andaluzia manifestam-se este sábado em Santa Olall Del Cala contra a construção da refinaria Balboa, proposta para a região de Badajoz, escreve a Lusa.
De acordo com o projecto de construção, a refinaria de petróleo deverá ser construída a cerca de cem quilómetros da fronteira portuguesa, uma localização que poderá ter impactes ambientais negativos não só para Espanha mas também para Portugal, segundo alertas de ambientalistas.
Na acção de protesto contra a refinaria de petróleo e o necessário oleoduto, muitos participantes percorreram a pé três quilómetros desde os arredores da localidade até à Praça da Constituição, onde se concentraram.
Os participantes empenhavam cartazes e gritavam, entre outras palavras de ordem, «Termicas no», «refíneria no» e «no queremos refíneria».
O estudo de impacto ambiental do projecto está em consulta pública em Portugal até ao próximo dia 24, e só após essa data o Governo português se pronunciará, de acordo com uma fonte do Ministério do Ambiente.
Quercus com muitas reservas
Quem já tem opinião formada sobre o projecto é a Quercus. Nuno Sequeira, presidente do Núcleo Regional de Portalegre desta associação ambientalista, adianta que a sua organização tem «as maiores reservas» sobre a iniciativa.
Do lado espanhol, Ignacio Sánchez Amor, antigo vice-presidente da Junta da Extremadura (PSOE), espera que o Governo português apoie a construção da refinaria, à semelhança do que sucedeu no passado com investimentos nacionais, como a barragem do Alqueva.
A encabeçar a luta contra a construção da refinaria, e na manifestação de hoje, está a Associação para a Defesa da Natureza e dos Recursos da Extremadura (ADENEX), cujo director de comunicação, Jesus Valiente, enumerou à Lusa os aspectos negativos do projecto.
«Trata-se de um dos projectos mais contaminantes que se pode pensar neste momento», assegurou. train entreteriment

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Um jovem denuncia na delegacia que roubaram sua maconha!




A notícia é velha, é de 2002, mas é tão surreal que não resisti em publicá-la: um espanhol de vinte anos, totalmente sem noção, deu queixa em uma delegacia que ladrões encapuzados entraram em sua casa e roubaram três pés de maconha que pesavam aproximadamente 1 kg. Ele ainda disse que os ladrões poderiam ser conhecidos seus e exigiu empenho total na investigação.
A polícia constatou que o roubo aconteceu na casa do denunciante em Alicante, Espanha. O mais surpreendente da história é que ele não foi preso por posse de substâncias entorpecentes.A polícia chegou a prender os dois supostos implicados no roubo, mas depois de prestarem declarações tiveram que ser liberados por falta de provas.Fontes próximas ao acontecimento explicaram que o rapaz se encontrava só no domicílio quando chegaram os ladrões. Os dois assaltantes encapuzados conseguiram dominá-lo com facilidade já que estava totalmente "chapado". Os ladrões, ao que parece, sabiam onde estavam os três pés de maconha porque se dirigiram diretamente a eles. Ademais levaram também um computador.A polícia não conseguiu recuperar nem as plantas nem o computador. train entreteriment

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Rentáveis transformações

A procura de mangas está a aumentar, mas a sua distribuição irregular e os problemas pós-colheita fazem com que seja um sector difícil de gerir. A transformação deste fruto delicioso, mas rapidamente perecível pode ser a chave para os produtores dos países ACP.
A mangueira (Mangifera indica L.) é na sua essência uma árvore dos países ACP. Cresce em abundância em muitas partes de África, das Caraíbas e do Pacífico, embora as suas variedades difiram largamente. O seu fruto é rico em fibras, vitamina C, polifenois e carotenóides. Nos últimos anos assistiu-se a um elevado acréscimo na procura de mangas na América do Norte e particularmente na Europa, onde as importações aumentaram mais de 200% desde 1985. Porém, ainda que sejam produzidas enormes quantidades de mangas todos os anos, a alta perecibilidade e um sistema desadequado e deficiente de transporte fazem com que a maioria da produção seja consumida a nível local. Quantidades substanciais ficam simplesmente a apodrecer debaixo das árvores.
As exportações são apenas uma fracção mínima da produção total de mangas. Em 2007 produziram-se mais de 33 milhões de toneladas, a nível mundial, mas apenas 850 000 t foram exportadas. O Brasil e o Peru dominam o mercado mundial em 70%. A cota do mercado da UE dominadas pelos países ACP aumentou de 11% em 2005 para 14% em 2006, com a África Ocidental a atrair cada vez mais o interesse dos compradores europeus. Embora estejam em curso alguns trabalhos e esquemas de normalização, em países como Burkina-Faso e Mali, a certificação de mangas dos países ACP ainda está bastante aquém das certificações de outros frutos. Os maiores desafios continuam a ser assegurar uma qualidade uniforme e adquirir sentido de oportunidade de forma a evitar os excedentes de aprovisionamento, e, consequentemente, a redução de preços.
Abundância ou escassez
Exportar e abastecer mercados externos, com mangas frescas, é arriscado e envolve grandes dificuldades. Este facto deve-se ao reduzido e irregular ciclo de frutificação das variedades locais prevalecentes e, consequentemente, a períodos sazonais de excesso e escassez de produção. Outro factor limitante é a irregularidade da qualidade da fruta produzida em épocas diferentes. Os mercados são dominados por cultivares comercialmente desenvolvidos, como Julie, Tommy Atkins, Haden, Kent e Keitt. O transporte deste fruto bastante perecível e a sua grande vulnerabilidade à mosca da fruta são outras dificuldades a ter em conta. Os regulamentos exigentes da EU, para a importação, determinam que uma única peça de fruta contaminada se traduza num lote inteiro rejeitado.
A transformação é a resposta para muitos destes problemas e oferece um bónus de valor acrescentado. Actualmente apenas 0,22% das mangas produzidas a nível mundial são transformadas. No entanto, este versátil fruto pode dar origem a uma enorme variedade de produtos. A manga verde pode ser usada para fazer chutney e pickles. Quando madura, pode ser enlatada, congelada ou transformada em puré para posterior preparação de sumo, polpa, néctar ou compota. A manga seca para ser usada em barras de frutos, muésli, snacks e comida para bebé tem um bom potencial, especialmente na Europa, que representa o maior mercado mundial destes produtos.
A transformação em pequena escala já existe em muitos países ACP. No Benim algumas microempresas são geridas por jovens, principalmente mulheres. Léa Medji, dona da Mon Petit Bénin em Cotonou, mostra-se muito interessada em exportar, referindo: "Temos potenciais clientes na Europa e especialmente nos EUA, mas o facto de não conseguirmos analisar os valores nutricionais e não termos embalagens Tetra Pak causa alguns problemas", disse. O Centro Songhaï em Porto Novo desenvolve acções de formação versando temas como a tecnologia de transformação da manga e marketing, dirigida a pequenos agricultores e produtores. Nas Ilhas Vanuatu, no Pacífico de há empresas locais que vendem manga seca fatiada ou conservada em calda.
No Senegal estabeleceu-se uma unidade para a produção de vinagre de manga e na Jamaica o Conselho de Investigação Científica desenvolveu diversas linhas de transformação, incluindo uma bebida estimulante com base na manga.
Explorar os mercados locais
Em países como o Haiti e a Nigéria está em curso o método de secagem solar de mangas. Nos Camarões, certas técnicas de secagem foram testadas com sucesso nas regiões de Garoua e Maroua. No Burkina-Faso, um projecto-piloto levado a cabo pelo CIRAD dá apoio aos agricultores no sentido de desenvolver formas de produzir manga seca de alta qualidade para exportação. A uma escala maior, há perspectivas para criar unidades de secagem em Bamaco, Yanfolila e Bougouni, no Mali, com capacidade para transformação de 100 t ano/unidade. Em Junho de 2007 instalou-se em Orodara, no Burkina Faso, uma fábrica denominada DAFANI para a produção de sumos a partir de manga e outros frutos tropicais. Há boas perspectivas e esperam-se mais iniciativas. Nas regiões turísticas ACP, o sumo de manga produzido a nível local poderia substituir os produtos importados se fosse assegurado um fornecimento regular. No Quénia, a empresa familiar produtora de sumos Kevian é um exemplo disso, substituindo o concentrado importado por manga adquirida a fornecedores locais. Os chutneys podiam ser adaptados aos às preferências locais. Na África do Sul, o Agricultural Research Council desenvolveu algumas máquinas para pequenas indústrias, destinadas a fabricar pickles a partir da manga. Este fruto é um excelente agente para tornar a carne mais tenra e óptimo para marinadas como o, um pó amargo de manga usado na Índia.
Apesar do grande potencial, não há dúvida que continuam a existir muitos obstáculos à transformação deste fruto. "A grande variedade de mangueiras, com as suas múltiplas características e deficiências, afecta a qualidade e a uniformidade dos produtos transformados", observa a FAO num relatório. A falta de equipamento de despolpa da manga madura é um sério obstáculo ao aumento da produção. E depois há a mosca da fruta… No Burkina-Faso, Souleymane Karambiri do instituto de investigação agrícola INERA afirma que uma nova espécie de mosca da fruta é o principal obstáculo à expansão da exportação da manga. Dieudonné Manirakiza, director-geral da DAFANI, descreve a época de 2008 como 'medíocre'. Cerca de 50% das mangas compradas aos produtores tiveram de ser deitadas ao lixo por causa do insecto. "Tivemos de parar a produção de sumo devido à falta de matéria-prima",
queixou-se.

Empresa

À conquista do nicho de mercado bio
Por Dr.ª Gillian Goddard
A agricultura biológica nas Caraíbas enfrenta vários desafios como a falta de apoio técnico, degradação do solo e roubo de produtos. Um pequeno negócio criado em Trinidad e Tobago fomenta a procura de frutos e hortícolas biológicos, ajudando os agricultores no acesso aos mercados e nos seus transportes.
Iniciei este projecto há 3 anos dada a frustração sentida ao ver os frutos e hortícolas, de baixa qualidade, de Trinidad e Tobago, produzidos à base de químicos. Quando me lembro desse tempo, vejo como era inexperiente. Na região havia apenas um agricultor biológico reconhecido e a sua produção era mínima. Eu não percebia nada sobre trâmites alfandegários, não tinha experiência na área dos transportes, nem sabia nada sobre certificados fitossanitários e autorizações de importação de produtos alimentares. Tinha pouco dinheiro para começar um negócio, fracos conhecimentos sobre vendas e nunca tinha feito um plano de comercialização.
Uma vez que comecei a comprar e vender produtos biológicos antes de ter instalações para me estabelecer, tive que usar as TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação) para garantir, previamente, a venda do produto. Não tinha refrigeração nem armazéns. A partir das primeiras semanas comecei a enviar emails descrevendo os produtos disponíveis e aceitando encomendas. Construí um Website, usando uma empresa de alojamento de sites de preço acessível e simples, actualizando-o regularmente. O acesso ao telemóvel, permitia-me contactar os clientes logo que tinha boas novas, enviando os produtos rapidamente.
Mercados e diversidade
Um dos aspectos mais gratificantes por ter criado esta actividade é trabalhar com os agricultores locais, apoiando-os na comercialização dos seus produtos. Anteriormente nenhum mercado vendia produtos biológicos. Os agricultores tinham que confiar dependendo de compradores, a quem vendiam directamente, nas suas explorações. Dado que a maioria das pessoas interessadas em alimentação biológica, vivem na capital, ou nas proximidades, e a agricultura faz-se no campo, o mau tempo, o trânsito ou períodos de férias, podiam ocasionar que, num determinado dia, houvesse poucos ou mesmo nenhum cliente. Outro problema é a diversidade dos produtos. Os agricultores de Trinidad e Tobago usam a monocultura por tradição e os grossistas estão habituados a comprar apenas um produto a cada produtor. Mesmo os pequenos agricultores faziam, só, monocultura. Para a agricultura biológica é altamente vantajoso fazer policultura reduzindo os riscos de perda da colheita devido a pragas ou 
doenças. A nossa empresa facilita a venda em pequenas quantidades de muitos e diferentes produtos, em vez da venda por grosso de um só. O agricultor típico, a quem compramos, vende cinco tipos de frutos e hortaliças, pelo menos. Vamos buscar os produtos a um dos nossos maiores fornecedores, e, duas manhãs por semana, bem cedo, dirigimo-nos a uma pequena cooperativa que dista 40 minutos do nosso estabelecimento com os produtos desse fornecedor. O facto de comprar os seus produtos tornou possível que esse agricultor continuasse em funções, uma vez que somos o seu maior cliente.
Um caminho solitário
A agricultura biológica de Trinidad e Tobago defronta-se com muitos obstáculos. Tem pouco ou nenhum apoio técnico institucional ou financeiro; não há investigação agronómica nem estão disponíveis recursos para esta actividade. Não há nenhuma associação biológica nacional que apoie os agricultores. Portanto, no que toca à especialização, orientação profissional e financiamento, não existe qualquer assistência à agricultura biológica. No que respeita a factores de produção biológicos, as sementes não estão disponíveis a nível local, os biofertilizantes e pesticidas orgânicos quase não existem. Todos os agricultores em Trinidad e Tobago estão sujeitos à degradação do solo, tal como acontece em todo o mundo mas, como é lógico, os agricultores que praticam a agricultura biológica que depende, essencialmente, dos nutrientes do solo, estão muito vulneráveis. No ano passado houve inundações sem precedentes, por isso a destruição do solo arável foi mais intensa do que em anos anteriores.
Um dos principais motivos que levam os agricultores a abandonar o sector agrícola é o grande número de roubos. Gado, fruta, hortícolas e até ervas aromáticas, especiarias e plantas medicinais são roubados frequentemente. Existe, também, uma enorme falta de mão-de-obra no sector e uma atitude adversa associada ao trabalho na agricultura. Mesmo com o aumento da mecanização não houve mudança de atitude. A maioria dos agricultores recorre a trabalhadores sazonais não havendo grandes oportunidades de lhes dar formação sobre agricultura biológica. Todos os agricultores a quem compramos produtos têm sido afectados por estes problemas.
Sinto-me privilegiada por ter contribuído com algo que modificou muito a vida das pessoas em Trinidad e Tobago. A agricultura biológica é, agora, uma realidade, sendo claro que já existe uma população, em crescimento, que só se satisfará com alimentos de alta qualidade.

Saber controlar os alimentos

Eis uma obra prática destinada às autoridades dos países que desejam melhorar o seu sistema de segurança e de qualidade dos alimentos, uma necessidade para proteger os consumidores e a saúde pública. Este volume centra-se na avaliação das necessidades de formação de quem deve estar implicado: industriais, organizações de consumidores, universidades e institutos de investigação, poderes públicos.
São apresentados cinco módulos: gestão do controlo dos alimentos, legislação alimentar, serviços de inspecção, laboratórios oficiais de controlo alimentar e informação, educação e comunicação em matéria de segurança sanitária e de qualidade dos alimentos. Para cada um destes módulos descrevem-se de forma muito clara e precisa as sete etapas a seguir para analisar a situação e identificar as necessidades de reforço das capacidades, utilizando um método participativo e de consulta. Os anexos dão apoios tais como inquéritos a realizar, principais questões a colocar e a análise dos elementos recolhidos.
A obra é muito pedagógica e de fácil utilização. Um instrumento precioso para avaliar eficazmente as necessidades nestes tempos em que o controlo alimentar se torna uma exigência cada vez mais forte dos consumidores e compradores.
Renforcement des systèmes nationaux de contrôle alimentaire. Directives pour l'évaluation des besoins en renforcement des capacités


ÉTUDE FAO ALIMENTATION ET NUTRITION 87
Analyse des risques relatifs á la sécurité sanitaire des aliments
Guide á l'usage des autorités nationales responsables de la sécuritésanitaire des aliments



ORGANISATION DES NATIONS UNIES POUR L'ALIMENTATION ET LÁGRICULTURE

Desenvolvimento rural

O sucesso da utilização integrada dos média
Por Albertina Lobo de plantar!
As campanhas de comunicação multimédia estão entre os processos mais eficazes para informar e formar os camponeses e difundir tecnologias apropriadas. Pioneira destas campanhas em Moçambique, Albertina Lobo dá-nos conta desta aventura.
Tudo começou em 1997 quando a Direcção Nacional de Desenvolvimento Rural (DNER) descobriu as possibilidades da comunicação multimédia para fazer passar as suas mensagens. Dezasseis técnicos, responsáveis pelos sectores de comunicação das direcções nacional e provinciais dos serviços de agricultura, receberam formação. O sucesso foi imediato, porque eles encontraram respostas para as questões que enfrentavam no quotidiano. Depois o processo não parou de crescer.
A formação foi centrada sobre as diferentes técnicas de comunicação utilizáveis no meio rural para transmitir informações aos camponeses, servindo-se em simultâneo de diferentes média (rádio, televisão, teatro, cartazes, brochuras, reuniões, etc.). Do programa constaram: técnicas de comunicação oral, escrita e audiovisual, a escolha dos média em função da vulgarização desejada, a elaboração de planos de comunicação, a produção de suportes escritos, a realização de programas de rádio e televisão, e as TIC. A formação incluía trabalhos práticos no terreno em diversas províncias do país, em colaboração com entidades locais.
Começar pelas necessidades
Uma vez formados, estes primeiros técnicos foram encarregados de fazer o inventário das necessidades das populações e dos recursos de cada província, o que serviu para a elaboração dos primeiros programas de comunicação multimédia. Este trabalho prévio permitiu à DNER lançar, em 1999, as Campanhas de Comunicação Multimédia em todo o país, abordando algumas das questões mais importantes para os camponeses: os problemas do póst-colheita, as queimadas incontroladas, o míldio do cajueiro, a difusão da batata doce de cor laranja, a doença de Newcastle, os currais melhorados, a erosão e ainda a piscicultura.
Para o êxito da inserção local deve ser assinalada a preciosa colaboração de vários serviços administrativos regionais, que compreenderam a importância destas campanhas para o bem estar das populações. Por outro lado, escolas (professores e alunos), ONGs, "leaders" locais, rádios e publicações, integraram-se no processo. Foram publicadas localmente diversas brochuras. A nível central, a iniciativa suscitou igualmente o empenhamento doutras estruturas como o Instituto da Comunicação Social de Moçambique e sobretudo a colaboração entre o sector de comunicação do DNER e a Televisão Nacional de Moçambique (TVM) na produção regular de programas agrícolas.
O objectivo era provocar mudanças no comportamento dos camponeses que se traduzissem na melhoria do seu nível de vida e em maior riqueza para o país.
Resultados muito concretos
Por vezes um simples esforço de organização pode fazer muito. Citemos alguns exemplos. Com o concurso de ONGs e de outras organizações, conseguiram-se meios para construir secadores e celeiros, melhorar a luta contra as pragas dos produtos armazenados e encorajar algumas acções de comercialização. O controlo das queimadas inscreve-se numa acção a longo prazo, sendo o objectivo, de momento, provocar algumas mudanças no comportamento dos camponeses. Na luta contra o míldio do cajueiro, para além dos progressos visíveis no tratamento da doença e dos melhoramentos da cultura, estas campanhas ajudam indirectamente as mulheres, responsáveis pela maior parte da produção. Alguns resultados foram também alcançados na difusão da piscicultura mesmo em zonas muito longínquas como em Sofala, onde as primeiras mensagens chegaram pela rádio.
Em todos os distritos existem diversas rádios locais: antenas da Rádio de Moçambique (RM), rádios associativas, comunitárias ou ligadas ao Instituto da Comunicação Social. Elas associaram-se às campanhas de comunicação multimédia. Escutar a rádio é um hábito seja em família, seja em sessões organizadas.
Para terminar, uma palavra sobre o futuro. Até ao momento, os camponeses validaram esta iniciativa com a sua forte adesão. Se o processo dura há quase dez anos é porque se mantém fiel ao seu objectivo inicial. A utilização simultânea e integrada de diversos média fez a prova da sua eficácia na transmissão de conhecimentos. Este comboio não vai parar. Mas ainda há muito a fazer?

A árvore da borracha





O cauchu regressa em força













A procura mundial de cauchu natural não para de aumentar. Deverá mais do que duplicar dentro de um quarto de século. Os pequenos produtores dos países ACP poderão tirar partido desta situação se forem apoiados e incentivados a plantar e a cuidar das héveas.
A cotação do cauchu natural não cessa de se valorizar. Graças às suas qualidades excepcionais de elasticidade e impermeabilidade, o látex retirado da hévea (Hevea brasiliensis), uma árvore cultivada exclusivamente em zonas tropicais, é mais do que nunca indispensável à indústria. As suas propriedades permitiram-lhe resistir à concorrência do cauchu sintético proveniente da indústria petroquímica, que levou um golpe com a alta do preço do barril. Apesar dos prognósticos sombrios dos anos 80, o látex aguentou-se bem (40% da produção mundial de elastómeros) face ao seu rival sintético (60% em média). Os argumentos ecológicos também jogam a seu favor: a hévea capta importantes quantidades de carbono e protege os solos da erosão.
A procura de cauchu natural, utilizado em 75% para o fabrico de pneus é estimulada pelo rápido crescimento da indústria automóvel chinesa. Consequência: a cotação do látex no mercado mundial aumentou 58% entre 2004 e 2006. O consumo global deverá ainda aumentar 5,3% este ano e 6,8% em 2008, para atingir 10,03 milhões de toneladas (Mt), estimam os peritos do International Rubber Study Group (IRSG). Ultrapassará então a produção prevista para 2006 de cerca de 9 Mt assegurada em 94% pela Ásia (ver quadro). E segundo o grupo da Costa do Marfim SIFCA, "o mercado mundial deverá duplicar até 2034 para atingir 18 Mt de cauchu natural, o que exigirá a criação de 4 milhões de hectares de novas plantações às quais se acrescentarão as replantações em 8 milhões de hectares existentes".
Está na altura de plantar
Estas boas perspectivas a longo prazo são uma oportunidade histórica para os pequenos plantadores dos países ACP, como por exemplo a Costa do Marfim, que, contrariamente aos grandes blocos produtores de látex, não estão condicionados pela falta de terras. No mundo tropical, cerca de 30 milhões de pessoas praticam a cultura de héveas em cerca de 8 milhões de hectares. Dominam as plantações camponesas inferiores a 2 ha. Entre os países ACP, os Camarões, a Costa do Marfim, o Gabão, o Gana, a Libéria e a Nigéria, beneficiam da proximidade com a Europa para escoar a sua produção. A Papua-Nova-Guiné vende o seu látex à Austrália. Programas de novas plantações e de rejuvenescimento das antigas estão em estudo por todo o lado ou estão já a ser lançados por operadores privados. Em África, o sector da hévea, privatizada no final do século passado, encontra-se agora mais do que nunca dependente dos grandes fabricantes de pneus como o francês Michelin ou o japonês Bridgestone-Firestone, presentes em todos os estádios.
A héveacultura tem a vantagem de proporcionar aos pequenos produtores um rendimento regular e duradouro praticamente ao longo de todo o ano. Mas exige um grande investimento inicial para a aquisição de material vegetal produtivo - investimento que a maioria não pode realizar. Todavia, o rendimento obtido com a venda de madeira das árvores velhas, muito procurado nomeadamente para a fabricação de móveis, pode ser reinvestido em novas plantações. Os mecanismos de remuneração da fixação do carbono também são uma oportunidade de financiamento de novas plantações.
Principais países produtores de cauchu natural em 2005
Outro constrangimento, o hévea apenas inicia a sua produção ao fim de 4 a 6 anos e não fornece o máximo de látex senão aos 15 anos. É possível limitar esta falta de retorno inicial associando as jovens héveas a culturas alimentares (arroz, inhame, amendoim, milho, banana pão, legumes) ou culturas industriais (ananás, café...) como mostraram ensaios conduzidos na Costa do Marfim pelo Centro Nacional de Investigação Agronómica. O tratamento das héveas e a sua sangria para recolher o látex são operações que exigem uma formação técnica na qual insistem os programas heveícolas.
Boas práticas culturais
Más práticas esgotam as árvores e tornam-nas vulneráveis às doenças como a sangria seca e a necrose da casca. Esta última é devida à excessiva exploração e ao stress hídrico, segundo trabalhos do Instituto de Investigação sobre o Desenvolvimento (IRD), França. Um dos grandes desafios actuais da investigação heveícola é desenvolver clones simultaneamente produtivos e resistentes ao fungo Microcyclus ulei que arrasa as héveas da América latina e central; trata-se de evitar que ele atinja a África e a Ásia.
Os pequenos e médios agricultores necessitam de variedades mais produtivas e adaptadas ao meio rural, e, como as grandes plantações industriais, de técnicas de sangria mecanizadas afim de limitar o recurso a uma mão-de-obra demasiado importante. Isto permitirá sobretudo tornar a recolha do látex menos penosa, particularmente nas imensas plantações da Libéria, onde as condições de trabalho e de vida dos seringueiros não são dignas. Os pequenos produtores aspiram igualmente poder melhor vender e valorizar a sua produção, realizando, eles próprios, alguns tratamentos pós colheita. Importa igualmente agruparem-se se pretendem ganhar peso face aos gigantes do cauchu.







train entreteriment


Serão os alimentos tradicionais produtos pobres e apenas para os pobres?










..................train entreteriment




A questão surge de uma tese de mestrado elaborada por Maria Madalena Félix, uma jovem investigadora angolana, que tem o mérito de ter levantado a ponta deste véu.
Para o estudo adquiriu em mercados rurais suburbanos de Luanda amostras de 27 alimentos tradicionais, que não figuram nas tabelas internacionais de alimentos: 12 frutos (maçã da Índia, embondeiro, tomate da Índia, etc.), 4 folhagens (fumbwa, hibiscus, mandioca, batata doce), 4 sementes (curcubitáceas e embondeiro), 7 fontes proteicas (insectos, cogumelo, carne de pacaça e 2 peixes). Trata-se de um primeiro passo para a avaliação do interesse destes alimentos muito usados pelas populações em todo o território angolano, mas cujo estudo sistemático está por fazer.
O objectivo foi avaliar o seu valor alimentar através da composição química (humidade, proteína bruta, gordura bruta, cinza total, celulose e glúcidos totais) e do cálculo do valor energético. Foram ainda caracterizados em cada amostra os espectros de aminoácidos e de ácidos gordos e quantificada a presença dos mais importantes elementos minerais, bem como das vitaminas (C, A e niacina), informações que permitem determinar com rigor o valor alimentar dos produtos analisados.
Esta abordagem, embora parcelar, uma vez que abrange apenas uma pequena fracção deste universo de alimentos tradicionais, conduz a resultados surpreendentes, pois revela a sua grande importância, em termos de saúde pública, pela contribuição para o equilíbrio da dieta alimentar das classes mais pobres, um pouco por todo o país. É uma constatação tão clara que pode até ser avançada a hipótese de o consumo destes produtos poder explicar a não ocorrência significativa em Angola de alguns distúrbios nutricionais como o escorbuto, a pelagra ou o beribéri.
Procurando resumir as conclusões deste estudo, deve referir-se que os frutos analisados concorrem fundamentalmente para a disponibilização, na dieta alimentar de quantos os utilizam, de vitaminas, minerais e fibras, embora o teor em proteínas não seja em alguns casos despiciendo, designadamente para o tomate da Índia, as solanaceas (njila e lossaca) e a matira (curcubitácea) que dosearam teores entre 12,4 e 15,5 %.
As folhagens estudadas (fumbwa, hibiscus, mandioca e batata-doce) evidenciam-se justamente pelo seu muito elevado teor proteico, entre 29,1 e 16,9 %, com um equilibrado espectro de aminoácidos, o que conjugado com baixo conteúdo de gorduras e elevadas dosagens de cálcio, ferro e manganésio e das vitaminas C e A, confere a estes alimentos um valor inestimável.
As sementes (curcubitáceas e do fruto do embondeiro), distinguem-se, no primeiro caso, pelo seu elevado valor calórico, em resultado de teores de gordura bruta da ordem de 50% do seu peso seco, e ainda por dosearem aproximadamente 35% de proteína bruta, com um teor particularmente elevado de arginina. Os teores mais baixos, respectivamente de 13 e de 23 %, doseados na semente de embondeiro, devem-se ao facto de, neste caso, a análise ter incidido sobre a semente inteira, em vez da amêndoa como ocorreu nas curcubitáceas. Em qualquer caso de registar uma presença predominante de ácidos gordos mono e poli-insaturados.
As larvas de insectos, a carne de pacaça seca e os peixes analisados doseiam teores de proteína que oscilam entre 56 e 72%, com notáveis gamas de aminoácidos, designadamente essenciais. Os teores de gordura bruta são mais variáveis, oscilando entre 3% para a carne magra de pacaça e 17% para uma das variedades de insecto analisadas, mas também com uma presença predominante de ácidos gordos mono e poli-insaturados. O cogumelo selvagem (wiwa), não necessariamente representativo do universo destes produtos, doseou 27% de proteínas e 11% de gorduras brutas.
Estes números e estes factos que falam por si, revelam que estes alimentos tradicionais são altamente nutritivos, podendo contribuir para a segurança alimentar de populações que dependem em 90 a 95 % do consumo de produtos amiláceos, fornecendo menos de 2000 calorias / dia e com acentuadas carências proteicas, lipídicas e vitamínicas.
Que desafio temos pela frente?
Comecemos por acentuar que o consumo destes alimentos emerge na cultura camponesa, de um processo de selecção empírica, mas nem por isso menos inovadora e criteriosa, de alimentos silvestres ou cultivados, que no contexto local se revelaram de utilidade para a dieta alimentar. Saberes que importa valorizar em toda a sua extensão, como ponto de partida para a avaliação do contexto em que são produzidos, buscando uma melhoria de procedimentos e a eventual determinação de limites à sua exploração e, também, para desfazer tabus ou ultrapassar rejeições por parte dos consumidores urbanos, que terão vantagem em aumentar o consumo deste tipo de alimentos.
Efectivamente, havendo razões, em termos de saúde pública, para fomentar este consumo, será sobretudo nas áreas urbanas e sub-urbanas que ele se poderá intensificar, pois já é corrente nas zonas rurais. A expansão do uso deste tipo de alimentos está condicionada não só por razões culturais, mas também pelas limitações do processo de abastecimento. O apoio à organização, nas áreas rurais, de núcleos de recolecção e de produção deste tipo de alimentos e da sua expedição para os centros de consumo, pode constituir uma oportunidade verdadeiramente interessante para os camponeses.
Conhecer a realidade e propor soluções
Embora este processo se desenrole à nossa frente, constitui uma realidade relativamente desconhecida, não apenas no que respeita às quantidades consumidas, mas também em relação a muitos dos seus detalhes. Alguém conhece verdadeiramente o que nesta matéria se passa ao longo do país, em termos de variedade de produtos consumidos, de localização e de técnicas específicas de recolecção e de produção, de quantidades envolvidas e de limites para a sua exploração sustentável?
Assim é importante, para responder a todas as dúvidas e encontrar os adequados caminhos de exploração deste sector, desencadear, de uma forma conjugada, uma mão cheia de estudos académicos e outras tantas iniciativas de fomento visando, em última análise, a implementação de medidas práticas de apoio e orientação aos circuitos de recolecção, produção e comercialização destes alimentos, para que seja possível integra-los na dieta de um maior número de pessoas.
Para começar, haverá que alargar este tipo de estudos bromatológicos a numerosos outros alimentos não convencionais utilizados pelas populações rurais, designadamente outros frutos, outras folhagens ou ervas, outras sementes, outros cogumelos e outros produtos de origem animal (insectos, gastrópodes, peixes e mamíferos). Trata-se de conhecer este universo de alimentos tradicionais, de identificar com rigor científico o seu valor nutritivo e de colher informações que permitam avaliar a sua potencial contribuição para a alimentação de diversos estratos populacionais no país.
Em simultâneo, será da maior importância estudar os processos de recolecção ou de cultura destes alimentos, com o objectivo de analisar a sua sustentabilidade, e quando esteja em risco, propor a tomada de medidas cautelares. Neste contexto, a título de exemplo, refira-se o interesse do estudo dos cogumelos comestíveis e a eventual possibilidade de promover o cultivo de algumas espécies (eventualmente não indígenas) a partir de substractos locais.
Em paralelo haverá que equacionar o problema do controlo da qualidade destes alimentos para que cheguem em boas condições à mesa do consumidor. Trata-se de uma área onde há um imenso e urgente trabalho por realizar. Estes alimentos, como quaisquer outros, estão sujeitos a contaminações por substâncias perigosas para a saúde pública, ou a serem infectados por microorganismos patogénicos causadores de graves doenças, como a cólera e diarreias. Para além disso, o próprio processo de degradação do alimento, que começa no momento em que os vegetais são colhidos ou os animais são abatidos, envolve mudanças no sabor, alterações na cor e na estrutura, dessecação, enrugamento e invasão pelos microorganismos, o que deprecia o aspecto e as qualidades destes alimentos e pode envolver riscos para o consumidor. Mesmo considerando uma grande permissividade do mercado, actualmente uma percentagem certamente não inferior a 30% do produto perde-se por degradação. Haverá que, em relação a cada alimento, para cada tipo de processamento e meio de tramitação, ter uma noção do prazo de validade e difundir este conceito.
Para progredir nesta área, haverá que adoptar um código de procedimentos simples e acessíveis aos camponeses, para garantir a defesa do consumidor, criando uma imagem de qualidade que poderá abrir a porta a consumidores mais exigentes. Em concreto, tudo o que respeita à observância de requisitos higiénicos na manipulação destes alimentos, destinados a evitar contaminações com terras ou outras substâncias, bem como a sua exposição a moscas, outros insectos ou a roedores, e a contaminação e desenvolvimento de microorganismos patogénicos. O que implica a escolha dos locais de trabalho e o uso de instrumentos adequados, designadamente superfícies de manipulação de fácil limpeza e redes mosquiteiras.
Os processos de embalagem e os meios de transporte a utilizar, constituem igualmente elos críticos nesta cadeia. A contaminação destes alimentos pode surgir no processo de transporte, por contacto com outras mercadorias, pelo que o uso de embalagens protectoras é essencial.
Finalmente, ao nível da distribuição, impõe-se a introdução destes alimentos nos circuitos formais, em especial para os produtos que requeiram condições controladas para garantir a sua preservação. É contudo, indispensável investir na melhoria da actuação dos agentes informais, a quem actualmente cabe o mérito de garantir a distribuição. Há que criar condições para que seja assegurado o cumprimento dos padrões de higiene e de preservação exigíveis, que importa definir e transmitir a todos os elementos da cadeia. Dentre as medidas concretas a implementar, de assinalar um enorme esforço de formação de todos os intervenientes que, em muitos casos, poderiam exibir bem melhores resultados se tivessem à disposição alguns apoios simples, designadamente conhecimentos técnicos e micro-crédito orientado para a melhoria da sua actuação.

S´ALIMENTAR

A soberania alimentar - o direito dos povos a se alimentarem a si mesmos - encontra-se actualmente no centro das reivindicações dos produtores dos países em desenvolvimento. Este movimento cada vez mais amplo questiona o livre comércio e exige uma melhor protecção dos pequenos agricultores.
Comer quando se tem fome é a primeira necessidade do homem. Não obstante, são cada vez mais numerosas as pessoas subnutridas - 850 milhões segundo a FAO - e três quartos são actualmente pequenos agricultores, produtores de alimentos de base. Foi a partir desta constatação paradoxal que nasceu em 1996 o conceito de soberania alimentar, lançado pela Via Campesina, um movimento que agrupa mais de 100 milhões de pequenos produtores de todo o mundo. Onze anos mais tarde, a ideia singrou.
Em Fevereiro de 2007, 500 representantes de organizações de agricultores, pescadores, criadores de gado, consumidores e ecologistas de mais de 80 países, reuniram-se em Nyeleni, uma aldeia do Mali, para o primeiro Fórum mundial sobre a soberania alimentar. Na sua declaração final, definem-na como "o direito dos povos a uma alimentação sã no respeito das culturas, conseguida com a ajuda de métodos sustentáveis e amigos do ambiente, bem como o direito a definir os seus próprios sistemas alimentares e agrícolas". Pretendem que este direito dos povos a se alimentarem a si mesmos seja reconhecido pelos Estados e organismos internacionais e permita uma remuneração justa do trabalho das explorações familiares agrícolas.
De facto, a auto-suficiência alimentar apoiada pelos Estados e apregoada nos anos 70, falhou, tendo sido substituída nos anos 90 pela noção de segurança alimentar. O objectivo é possibilitar a todos o acesso a alimentos em quantidade e qualidade suficientes, independentemente da sua origem, produzidos localmente, oferecidos a título de ajuda alimentar ou importados. É por este motivo que os defensores do comércio livre exigem a abertura dos países às importações de produtos alimentares, afirmando que os consumidores de todo o mundo têm o direito de pagar os seus alimentos o menos caro possível. Mas num mercado mundial dominado pelas grandes empresas agro-alimentares e pelos agricultores subsidiados dos países ocidentais, os preços agrícolas sofreram uma quebra a partir dos anos 90. Uma dura concorrência para os pequenos produtores ACP que não conseguem viver dos rendimentos da terra.
Uma dependência alimentar crescente
Paralelamente, a dependência alimentar de muitos países em desenvolvimento aumentou fortemente. Na África ocidental, as importações de arroz (Esporo 65), principal cereal consumido, foram multiplicadas por 8 desde 1960 e as de carne por três em vinte anos. As divisas resultantes das exportações agrícolas de África ocidental cobrem apenas os custos das importações alimentares, sendo 70% produtos concorrentes das produções locais.
Alguns países alimentam-se quase exclusivamente de produtos importados. É o caso das Seicheles que importam quase tudo, dos cereais aos ovos. Uma evolução recente que está ligada ao número crescente de turistas e que custa mais de 500 milhões de USD por ano ao país. Como elas, muitas outras ilhas, em particular do Pacífico, tornaram-se igualmente muito dependentes do exterior. Os seus habitantes consomem cada vez mais alimentos industriais provenientes do exterior e têm graves problemas de saúde (Esporo 67). Nas Caraíbas, o arroz e a carne de porco importados dos EUA prejudicam as produções locais.
Em muitos países, os consumidores alteraram os seus hábitos alimentares e os produtores foram excluídos dos mercados locais pelos produtos da agricultura industrial vendidos a baixo preço. Face a esta situação, produtores e consumidores querem recuperar o controlo da sua alimentação e dos meios que contribuem para a sua produção, transformação e distribuição.
Em todas as regiões do mundo - em África, na Ásia-Pacífico, na América latina e nas Caraíbas -, emergiram redes e coligações de produtores para defender o seu direito à soberania alimentar. As reivindicações dirigem-se por um lado à OMC com o objectivo de mudar as regras do comércio mundial, e por outro lado aos governos para que adoptem políticas agrícolas favoráveis aos produtores locais. Por seu lado, a FAO, através das Directrizes voluntárias desenvolvidas em 2004, incita os Estados a concretizar o direito à alimentação, o direito para todos a uma alimentação digna.
Permitir aos países em desenvolvimento proteger a sua agricultura como o fazem os países desenvolvidos através de subvenções é actualmente um objectivo central na maior parte das reivindicações. No seio da OMC, os países pretendem, como os camponeses da Ásia e do Pacífico na sua declaração de Maio de 2006, que "a soberania alimentar prevaleça sobre o comércio livre". Foi neste ponto que esbarraram as negociações comerciais internacionais da ronda de Doha interrompidas em Julho de 2006. Os países desenvolvidos recusavam colocar em causa as suas subvenções aos produtores, exigindo a abertura dos países em desenvolvimento às importações. Para avançar, o G33, um grupo de países em desenvolvimento, pediu recentemente a instauração de medidas de salvaguarda especiais para listas de "produtos sensíveis" que beneficiariam deste modo de protecção.
Os países ACP fizeram o mesmo pedido à UE nas discussões sobre os Acordos de Parceria Económica (APE). Consideram que "a reciprocidade defendida pela Comissão Europeia apenas significa a abertura dos mercados dos países ACP para os exportadores da UE" e que os seus produtores vão sofrer com importações agrícolas europeias subsidiadas. Para alguns economistas, este "proteccionismo" é a única forma de apoio possível à agricultura dos países em desenvolvimento que não possuem os meios para subvencionar os seus produtores. Alguns países já o fazem para proteger algumas culturas: a Guiné para a batata, o Senegal para a cebola e a Nigéria para a mandioca.
Primeiros passos a concretizar
A limitação ou interdição das importações faz correr o risco de uma subida do preço dos alimentos para a população, ou até mesmo de carências alimentares se a produção nacional ou regional não for suficiente. É por esta razão que se solicita, paralelamente, aos governos ajudas aos pequenos agricultores, maioritários nestes países, para melhorar a sua produtividade. A soberania alimentar deve ser acompanhada de reformas fundiárias para uma repartição equitativa das terras com um enquadramento favorável: acesso à água, ao crédito e aos factores de produção. As organizações de produtores solicitam por conseguinte a instauração de verdadeiras políticas de desenvolvimento agrícola.
Alguns países ou regiões começaram a colocar a soberania alimentar no centro das suas políticas agrícolas e comerciais. Em África, o Quadro de Política Agrícola para a África Ocidental (ECOWAP) da CEDEAO, adoptado em Janeiro de 2005, tem por objectivos "assegurar a segurança alimentar da população rural e urbana de África ocidental e a qualidade sanitária dos produtos, no quadro de uma abordagem que garanta a soberania alimentar da região" e "reduzir a dependência face às importações". Em Novembro de 2006, o Fórum de Niamey, no Niger, insistiu uma vez mais na importância de defender este conceito na sub-região. No Mali, a lei de orientação agrícola de Agosto de 2006 persegue os mesmos fins.
Mais recentemente, nos Camarões, a Associação de Cidadania de Defesa dos Interesses Colectivos (ACDIC) reuniu mais de 700 000 assinaturas na campanha "Produzir o que comemos e comer o que se produzimos". Agricultores, e também, o que é novo, consumidores das cidades, assinaram em massa a petição dirigida ao governo para pedir o restabelecimento das subvenções à agricultura afim de favorecer a produção local.
No seu État de l'insécurité alimentaire dans le monde en 2006 (Estado de insegurança alimentar no mundo em 2006), a FAO afirma que o apoio à agricultura é uma prioridade: "A concentração da fome nas zonas rurais mostra que nenhuma redução sustentável da fome é possível sem investimento consequente no desenvolvimento rural e agrícola". É uma questão de vontade política. n train entreteriment