not waste

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Eco sustentável

Orson Wells

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Cinemax

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Rentáveis transformações

A procura de mangas está a aumentar, mas a sua distribuição irregular e os problemas pós-colheita fazem com que seja um sector difícil de gerir. A transformação deste fruto delicioso, mas rapidamente perecível pode ser a chave para os produtores dos países ACP.
A mangueira (Mangifera indica L.) é na sua essência uma árvore dos países ACP. Cresce em abundância em muitas partes de África, das Caraíbas e do Pacífico, embora as suas variedades difiram largamente. O seu fruto é rico em fibras, vitamina C, polifenois e carotenóides. Nos últimos anos assistiu-se a um elevado acréscimo na procura de mangas na América do Norte e particularmente na Europa, onde as importações aumentaram mais de 200% desde 1985. Porém, ainda que sejam produzidas enormes quantidades de mangas todos os anos, a alta perecibilidade e um sistema desadequado e deficiente de transporte fazem com que a maioria da produção seja consumida a nível local. Quantidades substanciais ficam simplesmente a apodrecer debaixo das árvores.
As exportações são apenas uma fracção mínima da produção total de mangas. Em 2007 produziram-se mais de 33 milhões de toneladas, a nível mundial, mas apenas 850 000 t foram exportadas. O Brasil e o Peru dominam o mercado mundial em 70%. A cota do mercado da UE dominadas pelos países ACP aumentou de 11% em 2005 para 14% em 2006, com a África Ocidental a atrair cada vez mais o interesse dos compradores europeus. Embora estejam em curso alguns trabalhos e esquemas de normalização, em países como Burkina-Faso e Mali, a certificação de mangas dos países ACP ainda está bastante aquém das certificações de outros frutos. Os maiores desafios continuam a ser assegurar uma qualidade uniforme e adquirir sentido de oportunidade de forma a evitar os excedentes de aprovisionamento, e, consequentemente, a redução de preços.
Abundância ou escassez
Exportar e abastecer mercados externos, com mangas frescas, é arriscado e envolve grandes dificuldades. Este facto deve-se ao reduzido e irregular ciclo de frutificação das variedades locais prevalecentes e, consequentemente, a períodos sazonais de excesso e escassez de produção. Outro factor limitante é a irregularidade da qualidade da fruta produzida em épocas diferentes. Os mercados são dominados por cultivares comercialmente desenvolvidos, como Julie, Tommy Atkins, Haden, Kent e Keitt. O transporte deste fruto bastante perecível e a sua grande vulnerabilidade à mosca da fruta são outras dificuldades a ter em conta. Os regulamentos exigentes da EU, para a importação, determinam que uma única peça de fruta contaminada se traduza num lote inteiro rejeitado.
A transformação é a resposta para muitos destes problemas e oferece um bónus de valor acrescentado. Actualmente apenas 0,22% das mangas produzidas a nível mundial são transformadas. No entanto, este versátil fruto pode dar origem a uma enorme variedade de produtos. A manga verde pode ser usada para fazer chutney e pickles. Quando madura, pode ser enlatada, congelada ou transformada em puré para posterior preparação de sumo, polpa, néctar ou compota. A manga seca para ser usada em barras de frutos, muésli, snacks e comida para bebé tem um bom potencial, especialmente na Europa, que representa o maior mercado mundial destes produtos.
A transformação em pequena escala já existe em muitos países ACP. No Benim algumas microempresas são geridas por jovens, principalmente mulheres. Léa Medji, dona da Mon Petit Bénin em Cotonou, mostra-se muito interessada em exportar, referindo: "Temos potenciais clientes na Europa e especialmente nos EUA, mas o facto de não conseguirmos analisar os valores nutricionais e não termos embalagens Tetra Pak causa alguns problemas", disse. O Centro Songhaï em Porto Novo desenvolve acções de formação versando temas como a tecnologia de transformação da manga e marketing, dirigida a pequenos agricultores e produtores. Nas Ilhas Vanuatu, no Pacífico de há empresas locais que vendem manga seca fatiada ou conservada em calda.
No Senegal estabeleceu-se uma unidade para a produção de vinagre de manga e na Jamaica o Conselho de Investigação Científica desenvolveu diversas linhas de transformação, incluindo uma bebida estimulante com base na manga.
Explorar os mercados locais
Em países como o Haiti e a Nigéria está em curso o método de secagem solar de mangas. Nos Camarões, certas técnicas de secagem foram testadas com sucesso nas regiões de Garoua e Maroua. No Burkina-Faso, um projecto-piloto levado a cabo pelo CIRAD dá apoio aos agricultores no sentido de desenvolver formas de produzir manga seca de alta qualidade para exportação. A uma escala maior, há perspectivas para criar unidades de secagem em Bamaco, Yanfolila e Bougouni, no Mali, com capacidade para transformação de 100 t ano/unidade. Em Junho de 2007 instalou-se em Orodara, no Burkina Faso, uma fábrica denominada DAFANI para a produção de sumos a partir de manga e outros frutos tropicais. Há boas perspectivas e esperam-se mais iniciativas. Nas regiões turísticas ACP, o sumo de manga produzido a nível local poderia substituir os produtos importados se fosse assegurado um fornecimento regular. No Quénia, a empresa familiar produtora de sumos Kevian é um exemplo disso, substituindo o concentrado importado por manga adquirida a fornecedores locais. Os chutneys podiam ser adaptados aos às preferências locais. Na África do Sul, o Agricultural Research Council desenvolveu algumas máquinas para pequenas indústrias, destinadas a fabricar pickles a partir da manga. Este fruto é um excelente agente para tornar a carne mais tenra e óptimo para marinadas como o, um pó amargo de manga usado na Índia.
Apesar do grande potencial, não há dúvida que continuam a existir muitos obstáculos à transformação deste fruto. "A grande variedade de mangueiras, com as suas múltiplas características e deficiências, afecta a qualidade e a uniformidade dos produtos transformados", observa a FAO num relatório. A falta de equipamento de despolpa da manga madura é um sério obstáculo ao aumento da produção. E depois há a mosca da fruta… No Burkina-Faso, Souleymane Karambiri do instituto de investigação agrícola INERA afirma que uma nova espécie de mosca da fruta é o principal obstáculo à expansão da exportação da manga. Dieudonné Manirakiza, director-geral da DAFANI, descreve a época de 2008 como 'medíocre'. Cerca de 50% das mangas compradas aos produtores tiveram de ser deitadas ao lixo por causa do insecto. "Tivemos de parar a produção de sumo devido à falta de matéria-prima",
queixou-se.

Empresa

À conquista do nicho de mercado bio
Por Dr.ª Gillian Goddard
A agricultura biológica nas Caraíbas enfrenta vários desafios como a falta de apoio técnico, degradação do solo e roubo de produtos. Um pequeno negócio criado em Trinidad e Tobago fomenta a procura de frutos e hortícolas biológicos, ajudando os agricultores no acesso aos mercados e nos seus transportes.
Iniciei este projecto há 3 anos dada a frustração sentida ao ver os frutos e hortícolas, de baixa qualidade, de Trinidad e Tobago, produzidos à base de químicos. Quando me lembro desse tempo, vejo como era inexperiente. Na região havia apenas um agricultor biológico reconhecido e a sua produção era mínima. Eu não percebia nada sobre trâmites alfandegários, não tinha experiência na área dos transportes, nem sabia nada sobre certificados fitossanitários e autorizações de importação de produtos alimentares. Tinha pouco dinheiro para começar um negócio, fracos conhecimentos sobre vendas e nunca tinha feito um plano de comercialização.
Uma vez que comecei a comprar e vender produtos biológicos antes de ter instalações para me estabelecer, tive que usar as TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação) para garantir, previamente, a venda do produto. Não tinha refrigeração nem armazéns. A partir das primeiras semanas comecei a enviar emails descrevendo os produtos disponíveis e aceitando encomendas. Construí um Website, usando uma empresa de alojamento de sites de preço acessível e simples, actualizando-o regularmente. O acesso ao telemóvel, permitia-me contactar os clientes logo que tinha boas novas, enviando os produtos rapidamente.
Mercados e diversidade
Um dos aspectos mais gratificantes por ter criado esta actividade é trabalhar com os agricultores locais, apoiando-os na comercialização dos seus produtos. Anteriormente nenhum mercado vendia produtos biológicos. Os agricultores tinham que confiar dependendo de compradores, a quem vendiam directamente, nas suas explorações. Dado que a maioria das pessoas interessadas em alimentação biológica, vivem na capital, ou nas proximidades, e a agricultura faz-se no campo, o mau tempo, o trânsito ou períodos de férias, podiam ocasionar que, num determinado dia, houvesse poucos ou mesmo nenhum cliente. Outro problema é a diversidade dos produtos. Os agricultores de Trinidad e Tobago usam a monocultura por tradição e os grossistas estão habituados a comprar apenas um produto a cada produtor. Mesmo os pequenos agricultores faziam, só, monocultura. Para a agricultura biológica é altamente vantajoso fazer policultura reduzindo os riscos de perda da colheita devido a pragas ou 
doenças. A nossa empresa facilita a venda em pequenas quantidades de muitos e diferentes produtos, em vez da venda por grosso de um só. O agricultor típico, a quem compramos, vende cinco tipos de frutos e hortaliças, pelo menos. Vamos buscar os produtos a um dos nossos maiores fornecedores, e, duas manhãs por semana, bem cedo, dirigimo-nos a uma pequena cooperativa que dista 40 minutos do nosso estabelecimento com os produtos desse fornecedor. O facto de comprar os seus produtos tornou possível que esse agricultor continuasse em funções, uma vez que somos o seu maior cliente.
Um caminho solitário
A agricultura biológica de Trinidad e Tobago defronta-se com muitos obstáculos. Tem pouco ou nenhum apoio técnico institucional ou financeiro; não há investigação agronómica nem estão disponíveis recursos para esta actividade. Não há nenhuma associação biológica nacional que apoie os agricultores. Portanto, no que toca à especialização, orientação profissional e financiamento, não existe qualquer assistência à agricultura biológica. No que respeita a factores de produção biológicos, as sementes não estão disponíveis a nível local, os biofertilizantes e pesticidas orgânicos quase não existem. Todos os agricultores em Trinidad e Tobago estão sujeitos à degradação do solo, tal como acontece em todo o mundo mas, como é lógico, os agricultores que praticam a agricultura biológica que depende, essencialmente, dos nutrientes do solo, estão muito vulneráveis. No ano passado houve inundações sem precedentes, por isso a destruição do solo arável foi mais intensa do que em anos anteriores.
Um dos principais motivos que levam os agricultores a abandonar o sector agrícola é o grande número de roubos. Gado, fruta, hortícolas e até ervas aromáticas, especiarias e plantas medicinais são roubados frequentemente. Existe, também, uma enorme falta de mão-de-obra no sector e uma atitude adversa associada ao trabalho na agricultura. Mesmo com o aumento da mecanização não houve mudança de atitude. A maioria dos agricultores recorre a trabalhadores sazonais não havendo grandes oportunidades de lhes dar formação sobre agricultura biológica. Todos os agricultores a quem compramos produtos têm sido afectados por estes problemas.
Sinto-me privilegiada por ter contribuído com algo que modificou muito a vida das pessoas em Trinidad e Tobago. A agricultura biológica é, agora, uma realidade, sendo claro que já existe uma população, em crescimento, que só se satisfará com alimentos de alta qualidade.

Saber controlar os alimentos

Eis uma obra prática destinada às autoridades dos países que desejam melhorar o seu sistema de segurança e de qualidade dos alimentos, uma necessidade para proteger os consumidores e a saúde pública. Este volume centra-se na avaliação das necessidades de formação de quem deve estar implicado: industriais, organizações de consumidores, universidades e institutos de investigação, poderes públicos.
São apresentados cinco módulos: gestão do controlo dos alimentos, legislação alimentar, serviços de inspecção, laboratórios oficiais de controlo alimentar e informação, educação e comunicação em matéria de segurança sanitária e de qualidade dos alimentos. Para cada um destes módulos descrevem-se de forma muito clara e precisa as sete etapas a seguir para analisar a situação e identificar as necessidades de reforço das capacidades, utilizando um método participativo e de consulta. Os anexos dão apoios tais como inquéritos a realizar, principais questões a colocar e a análise dos elementos recolhidos.
A obra é muito pedagógica e de fácil utilização. Um instrumento precioso para avaliar eficazmente as necessidades nestes tempos em que o controlo alimentar se torna uma exigência cada vez mais forte dos consumidores e compradores.
Renforcement des systèmes nationaux de contrôle alimentaire. Directives pour l'évaluation des besoins en renforcement des capacités


ÉTUDE FAO ALIMENTATION ET NUTRITION 87
Analyse des risques relatifs á la sécurité sanitaire des aliments
Guide á l'usage des autorités nationales responsables de la sécuritésanitaire des aliments



ORGANISATION DES NATIONS UNIES POUR L'ALIMENTATION ET LÁGRICULTURE

Desenvolvimento rural

O sucesso da utilização integrada dos média
Por Albertina Lobo de plantar!
As campanhas de comunicação multimédia estão entre os processos mais eficazes para informar e formar os camponeses e difundir tecnologias apropriadas. Pioneira destas campanhas em Moçambique, Albertina Lobo dá-nos conta desta aventura.
Tudo começou em 1997 quando a Direcção Nacional de Desenvolvimento Rural (DNER) descobriu as possibilidades da comunicação multimédia para fazer passar as suas mensagens. Dezasseis técnicos, responsáveis pelos sectores de comunicação das direcções nacional e provinciais dos serviços de agricultura, receberam formação. O sucesso foi imediato, porque eles encontraram respostas para as questões que enfrentavam no quotidiano. Depois o processo não parou de crescer.
A formação foi centrada sobre as diferentes técnicas de comunicação utilizáveis no meio rural para transmitir informações aos camponeses, servindo-se em simultâneo de diferentes média (rádio, televisão, teatro, cartazes, brochuras, reuniões, etc.). Do programa constaram: técnicas de comunicação oral, escrita e audiovisual, a escolha dos média em função da vulgarização desejada, a elaboração de planos de comunicação, a produção de suportes escritos, a realização de programas de rádio e televisão, e as TIC. A formação incluía trabalhos práticos no terreno em diversas províncias do país, em colaboração com entidades locais.
Começar pelas necessidades
Uma vez formados, estes primeiros técnicos foram encarregados de fazer o inventário das necessidades das populações e dos recursos de cada província, o que serviu para a elaboração dos primeiros programas de comunicação multimédia. Este trabalho prévio permitiu à DNER lançar, em 1999, as Campanhas de Comunicação Multimédia em todo o país, abordando algumas das questões mais importantes para os camponeses: os problemas do póst-colheita, as queimadas incontroladas, o míldio do cajueiro, a difusão da batata doce de cor laranja, a doença de Newcastle, os currais melhorados, a erosão e ainda a piscicultura.
Para o êxito da inserção local deve ser assinalada a preciosa colaboração de vários serviços administrativos regionais, que compreenderam a importância destas campanhas para o bem estar das populações. Por outro lado, escolas (professores e alunos), ONGs, "leaders" locais, rádios e publicações, integraram-se no processo. Foram publicadas localmente diversas brochuras. A nível central, a iniciativa suscitou igualmente o empenhamento doutras estruturas como o Instituto da Comunicação Social de Moçambique e sobretudo a colaboração entre o sector de comunicação do DNER e a Televisão Nacional de Moçambique (TVM) na produção regular de programas agrícolas.
O objectivo era provocar mudanças no comportamento dos camponeses que se traduzissem na melhoria do seu nível de vida e em maior riqueza para o país.
Resultados muito concretos
Por vezes um simples esforço de organização pode fazer muito. Citemos alguns exemplos. Com o concurso de ONGs e de outras organizações, conseguiram-se meios para construir secadores e celeiros, melhorar a luta contra as pragas dos produtos armazenados e encorajar algumas acções de comercialização. O controlo das queimadas inscreve-se numa acção a longo prazo, sendo o objectivo, de momento, provocar algumas mudanças no comportamento dos camponeses. Na luta contra o míldio do cajueiro, para além dos progressos visíveis no tratamento da doença e dos melhoramentos da cultura, estas campanhas ajudam indirectamente as mulheres, responsáveis pela maior parte da produção. Alguns resultados foram também alcançados na difusão da piscicultura mesmo em zonas muito longínquas como em Sofala, onde as primeiras mensagens chegaram pela rádio.
Em todos os distritos existem diversas rádios locais: antenas da Rádio de Moçambique (RM), rádios associativas, comunitárias ou ligadas ao Instituto da Comunicação Social. Elas associaram-se às campanhas de comunicação multimédia. Escutar a rádio é um hábito seja em família, seja em sessões organizadas.
Para terminar, uma palavra sobre o futuro. Até ao momento, os camponeses validaram esta iniciativa com a sua forte adesão. Se o processo dura há quase dez anos é porque se mantém fiel ao seu objectivo inicial. A utilização simultânea e integrada de diversos média fez a prova da sua eficácia na transmissão de conhecimentos. Este comboio não vai parar. Mas ainda há muito a fazer?

A árvore da borracha





O cauchu regressa em força













A procura mundial de cauchu natural não para de aumentar. Deverá mais do que duplicar dentro de um quarto de século. Os pequenos produtores dos países ACP poderão tirar partido desta situação se forem apoiados e incentivados a plantar e a cuidar das héveas.
A cotação do cauchu natural não cessa de se valorizar. Graças às suas qualidades excepcionais de elasticidade e impermeabilidade, o látex retirado da hévea (Hevea brasiliensis), uma árvore cultivada exclusivamente em zonas tropicais, é mais do que nunca indispensável à indústria. As suas propriedades permitiram-lhe resistir à concorrência do cauchu sintético proveniente da indústria petroquímica, que levou um golpe com a alta do preço do barril. Apesar dos prognósticos sombrios dos anos 80, o látex aguentou-se bem (40% da produção mundial de elastómeros) face ao seu rival sintético (60% em média). Os argumentos ecológicos também jogam a seu favor: a hévea capta importantes quantidades de carbono e protege os solos da erosão.
A procura de cauchu natural, utilizado em 75% para o fabrico de pneus é estimulada pelo rápido crescimento da indústria automóvel chinesa. Consequência: a cotação do látex no mercado mundial aumentou 58% entre 2004 e 2006. O consumo global deverá ainda aumentar 5,3% este ano e 6,8% em 2008, para atingir 10,03 milhões de toneladas (Mt), estimam os peritos do International Rubber Study Group (IRSG). Ultrapassará então a produção prevista para 2006 de cerca de 9 Mt assegurada em 94% pela Ásia (ver quadro). E segundo o grupo da Costa do Marfim SIFCA, "o mercado mundial deverá duplicar até 2034 para atingir 18 Mt de cauchu natural, o que exigirá a criação de 4 milhões de hectares de novas plantações às quais se acrescentarão as replantações em 8 milhões de hectares existentes".
Está na altura de plantar
Estas boas perspectivas a longo prazo são uma oportunidade histórica para os pequenos plantadores dos países ACP, como por exemplo a Costa do Marfim, que, contrariamente aos grandes blocos produtores de látex, não estão condicionados pela falta de terras. No mundo tropical, cerca de 30 milhões de pessoas praticam a cultura de héveas em cerca de 8 milhões de hectares. Dominam as plantações camponesas inferiores a 2 ha. Entre os países ACP, os Camarões, a Costa do Marfim, o Gabão, o Gana, a Libéria e a Nigéria, beneficiam da proximidade com a Europa para escoar a sua produção. A Papua-Nova-Guiné vende o seu látex à Austrália. Programas de novas plantações e de rejuvenescimento das antigas estão em estudo por todo o lado ou estão já a ser lançados por operadores privados. Em África, o sector da hévea, privatizada no final do século passado, encontra-se agora mais do que nunca dependente dos grandes fabricantes de pneus como o francês Michelin ou o japonês Bridgestone-Firestone, presentes em todos os estádios.
A héveacultura tem a vantagem de proporcionar aos pequenos produtores um rendimento regular e duradouro praticamente ao longo de todo o ano. Mas exige um grande investimento inicial para a aquisição de material vegetal produtivo - investimento que a maioria não pode realizar. Todavia, o rendimento obtido com a venda de madeira das árvores velhas, muito procurado nomeadamente para a fabricação de móveis, pode ser reinvestido em novas plantações. Os mecanismos de remuneração da fixação do carbono também são uma oportunidade de financiamento de novas plantações.
Principais países produtores de cauchu natural em 2005
Outro constrangimento, o hévea apenas inicia a sua produção ao fim de 4 a 6 anos e não fornece o máximo de látex senão aos 15 anos. É possível limitar esta falta de retorno inicial associando as jovens héveas a culturas alimentares (arroz, inhame, amendoim, milho, banana pão, legumes) ou culturas industriais (ananás, café...) como mostraram ensaios conduzidos na Costa do Marfim pelo Centro Nacional de Investigação Agronómica. O tratamento das héveas e a sua sangria para recolher o látex são operações que exigem uma formação técnica na qual insistem os programas heveícolas.
Boas práticas culturais
Más práticas esgotam as árvores e tornam-nas vulneráveis às doenças como a sangria seca e a necrose da casca. Esta última é devida à excessiva exploração e ao stress hídrico, segundo trabalhos do Instituto de Investigação sobre o Desenvolvimento (IRD), França. Um dos grandes desafios actuais da investigação heveícola é desenvolver clones simultaneamente produtivos e resistentes ao fungo Microcyclus ulei que arrasa as héveas da América latina e central; trata-se de evitar que ele atinja a África e a Ásia.
Os pequenos e médios agricultores necessitam de variedades mais produtivas e adaptadas ao meio rural, e, como as grandes plantações industriais, de técnicas de sangria mecanizadas afim de limitar o recurso a uma mão-de-obra demasiado importante. Isto permitirá sobretudo tornar a recolha do látex menos penosa, particularmente nas imensas plantações da Libéria, onde as condições de trabalho e de vida dos seringueiros não são dignas. Os pequenos produtores aspiram igualmente poder melhor vender e valorizar a sua produção, realizando, eles próprios, alguns tratamentos pós colheita. Importa igualmente agruparem-se se pretendem ganhar peso face aos gigantes do cauchu.







train entreteriment


Serão os alimentos tradicionais produtos pobres e apenas para os pobres?










..................train entreteriment




A questão surge de uma tese de mestrado elaborada por Maria Madalena Félix, uma jovem investigadora angolana, que tem o mérito de ter levantado a ponta deste véu.
Para o estudo adquiriu em mercados rurais suburbanos de Luanda amostras de 27 alimentos tradicionais, que não figuram nas tabelas internacionais de alimentos: 12 frutos (maçã da Índia, embondeiro, tomate da Índia, etc.), 4 folhagens (fumbwa, hibiscus, mandioca, batata doce), 4 sementes (curcubitáceas e embondeiro), 7 fontes proteicas (insectos, cogumelo, carne de pacaça e 2 peixes). Trata-se de um primeiro passo para a avaliação do interesse destes alimentos muito usados pelas populações em todo o território angolano, mas cujo estudo sistemático está por fazer.
O objectivo foi avaliar o seu valor alimentar através da composição química (humidade, proteína bruta, gordura bruta, cinza total, celulose e glúcidos totais) e do cálculo do valor energético. Foram ainda caracterizados em cada amostra os espectros de aminoácidos e de ácidos gordos e quantificada a presença dos mais importantes elementos minerais, bem como das vitaminas (C, A e niacina), informações que permitem determinar com rigor o valor alimentar dos produtos analisados.
Esta abordagem, embora parcelar, uma vez que abrange apenas uma pequena fracção deste universo de alimentos tradicionais, conduz a resultados surpreendentes, pois revela a sua grande importância, em termos de saúde pública, pela contribuição para o equilíbrio da dieta alimentar das classes mais pobres, um pouco por todo o país. É uma constatação tão clara que pode até ser avançada a hipótese de o consumo destes produtos poder explicar a não ocorrência significativa em Angola de alguns distúrbios nutricionais como o escorbuto, a pelagra ou o beribéri.
Procurando resumir as conclusões deste estudo, deve referir-se que os frutos analisados concorrem fundamentalmente para a disponibilização, na dieta alimentar de quantos os utilizam, de vitaminas, minerais e fibras, embora o teor em proteínas não seja em alguns casos despiciendo, designadamente para o tomate da Índia, as solanaceas (njila e lossaca) e a matira (curcubitácea) que dosearam teores entre 12,4 e 15,5 %.
As folhagens estudadas (fumbwa, hibiscus, mandioca e batata-doce) evidenciam-se justamente pelo seu muito elevado teor proteico, entre 29,1 e 16,9 %, com um equilibrado espectro de aminoácidos, o que conjugado com baixo conteúdo de gorduras e elevadas dosagens de cálcio, ferro e manganésio e das vitaminas C e A, confere a estes alimentos um valor inestimável.
As sementes (curcubitáceas e do fruto do embondeiro), distinguem-se, no primeiro caso, pelo seu elevado valor calórico, em resultado de teores de gordura bruta da ordem de 50% do seu peso seco, e ainda por dosearem aproximadamente 35% de proteína bruta, com um teor particularmente elevado de arginina. Os teores mais baixos, respectivamente de 13 e de 23 %, doseados na semente de embondeiro, devem-se ao facto de, neste caso, a análise ter incidido sobre a semente inteira, em vez da amêndoa como ocorreu nas curcubitáceas. Em qualquer caso de registar uma presença predominante de ácidos gordos mono e poli-insaturados.
As larvas de insectos, a carne de pacaça seca e os peixes analisados doseiam teores de proteína que oscilam entre 56 e 72%, com notáveis gamas de aminoácidos, designadamente essenciais. Os teores de gordura bruta são mais variáveis, oscilando entre 3% para a carne magra de pacaça e 17% para uma das variedades de insecto analisadas, mas também com uma presença predominante de ácidos gordos mono e poli-insaturados. O cogumelo selvagem (wiwa), não necessariamente representativo do universo destes produtos, doseou 27% de proteínas e 11% de gorduras brutas.
Estes números e estes factos que falam por si, revelam que estes alimentos tradicionais são altamente nutritivos, podendo contribuir para a segurança alimentar de populações que dependem em 90 a 95 % do consumo de produtos amiláceos, fornecendo menos de 2000 calorias / dia e com acentuadas carências proteicas, lipídicas e vitamínicas.
Que desafio temos pela frente?
Comecemos por acentuar que o consumo destes alimentos emerge na cultura camponesa, de um processo de selecção empírica, mas nem por isso menos inovadora e criteriosa, de alimentos silvestres ou cultivados, que no contexto local se revelaram de utilidade para a dieta alimentar. Saberes que importa valorizar em toda a sua extensão, como ponto de partida para a avaliação do contexto em que são produzidos, buscando uma melhoria de procedimentos e a eventual determinação de limites à sua exploração e, também, para desfazer tabus ou ultrapassar rejeições por parte dos consumidores urbanos, que terão vantagem em aumentar o consumo deste tipo de alimentos.
Efectivamente, havendo razões, em termos de saúde pública, para fomentar este consumo, será sobretudo nas áreas urbanas e sub-urbanas que ele se poderá intensificar, pois já é corrente nas zonas rurais. A expansão do uso deste tipo de alimentos está condicionada não só por razões culturais, mas também pelas limitações do processo de abastecimento. O apoio à organização, nas áreas rurais, de núcleos de recolecção e de produção deste tipo de alimentos e da sua expedição para os centros de consumo, pode constituir uma oportunidade verdadeiramente interessante para os camponeses.
Conhecer a realidade e propor soluções
Embora este processo se desenrole à nossa frente, constitui uma realidade relativamente desconhecida, não apenas no que respeita às quantidades consumidas, mas também em relação a muitos dos seus detalhes. Alguém conhece verdadeiramente o que nesta matéria se passa ao longo do país, em termos de variedade de produtos consumidos, de localização e de técnicas específicas de recolecção e de produção, de quantidades envolvidas e de limites para a sua exploração sustentável?
Assim é importante, para responder a todas as dúvidas e encontrar os adequados caminhos de exploração deste sector, desencadear, de uma forma conjugada, uma mão cheia de estudos académicos e outras tantas iniciativas de fomento visando, em última análise, a implementação de medidas práticas de apoio e orientação aos circuitos de recolecção, produção e comercialização destes alimentos, para que seja possível integra-los na dieta de um maior número de pessoas.
Para começar, haverá que alargar este tipo de estudos bromatológicos a numerosos outros alimentos não convencionais utilizados pelas populações rurais, designadamente outros frutos, outras folhagens ou ervas, outras sementes, outros cogumelos e outros produtos de origem animal (insectos, gastrópodes, peixes e mamíferos). Trata-se de conhecer este universo de alimentos tradicionais, de identificar com rigor científico o seu valor nutritivo e de colher informações que permitam avaliar a sua potencial contribuição para a alimentação de diversos estratos populacionais no país.
Em simultâneo, será da maior importância estudar os processos de recolecção ou de cultura destes alimentos, com o objectivo de analisar a sua sustentabilidade, e quando esteja em risco, propor a tomada de medidas cautelares. Neste contexto, a título de exemplo, refira-se o interesse do estudo dos cogumelos comestíveis e a eventual possibilidade de promover o cultivo de algumas espécies (eventualmente não indígenas) a partir de substractos locais.
Em paralelo haverá que equacionar o problema do controlo da qualidade destes alimentos para que cheguem em boas condições à mesa do consumidor. Trata-se de uma área onde há um imenso e urgente trabalho por realizar. Estes alimentos, como quaisquer outros, estão sujeitos a contaminações por substâncias perigosas para a saúde pública, ou a serem infectados por microorganismos patogénicos causadores de graves doenças, como a cólera e diarreias. Para além disso, o próprio processo de degradação do alimento, que começa no momento em que os vegetais são colhidos ou os animais são abatidos, envolve mudanças no sabor, alterações na cor e na estrutura, dessecação, enrugamento e invasão pelos microorganismos, o que deprecia o aspecto e as qualidades destes alimentos e pode envolver riscos para o consumidor. Mesmo considerando uma grande permissividade do mercado, actualmente uma percentagem certamente não inferior a 30% do produto perde-se por degradação. Haverá que, em relação a cada alimento, para cada tipo de processamento e meio de tramitação, ter uma noção do prazo de validade e difundir este conceito.
Para progredir nesta área, haverá que adoptar um código de procedimentos simples e acessíveis aos camponeses, para garantir a defesa do consumidor, criando uma imagem de qualidade que poderá abrir a porta a consumidores mais exigentes. Em concreto, tudo o que respeita à observância de requisitos higiénicos na manipulação destes alimentos, destinados a evitar contaminações com terras ou outras substâncias, bem como a sua exposição a moscas, outros insectos ou a roedores, e a contaminação e desenvolvimento de microorganismos patogénicos. O que implica a escolha dos locais de trabalho e o uso de instrumentos adequados, designadamente superfícies de manipulação de fácil limpeza e redes mosquiteiras.
Os processos de embalagem e os meios de transporte a utilizar, constituem igualmente elos críticos nesta cadeia. A contaminação destes alimentos pode surgir no processo de transporte, por contacto com outras mercadorias, pelo que o uso de embalagens protectoras é essencial.
Finalmente, ao nível da distribuição, impõe-se a introdução destes alimentos nos circuitos formais, em especial para os produtos que requeiram condições controladas para garantir a sua preservação. É contudo, indispensável investir na melhoria da actuação dos agentes informais, a quem actualmente cabe o mérito de garantir a distribuição. Há que criar condições para que seja assegurado o cumprimento dos padrões de higiene e de preservação exigíveis, que importa definir e transmitir a todos os elementos da cadeia. Dentre as medidas concretas a implementar, de assinalar um enorme esforço de formação de todos os intervenientes que, em muitos casos, poderiam exibir bem melhores resultados se tivessem à disposição alguns apoios simples, designadamente conhecimentos técnicos e micro-crédito orientado para a melhoria da sua actuação.

S´ALIMENTAR

A soberania alimentar - o direito dos povos a se alimentarem a si mesmos - encontra-se actualmente no centro das reivindicações dos produtores dos países em desenvolvimento. Este movimento cada vez mais amplo questiona o livre comércio e exige uma melhor protecção dos pequenos agricultores.
Comer quando se tem fome é a primeira necessidade do homem. Não obstante, são cada vez mais numerosas as pessoas subnutridas - 850 milhões segundo a FAO - e três quartos são actualmente pequenos agricultores, produtores de alimentos de base. Foi a partir desta constatação paradoxal que nasceu em 1996 o conceito de soberania alimentar, lançado pela Via Campesina, um movimento que agrupa mais de 100 milhões de pequenos produtores de todo o mundo. Onze anos mais tarde, a ideia singrou.
Em Fevereiro de 2007, 500 representantes de organizações de agricultores, pescadores, criadores de gado, consumidores e ecologistas de mais de 80 países, reuniram-se em Nyeleni, uma aldeia do Mali, para o primeiro Fórum mundial sobre a soberania alimentar. Na sua declaração final, definem-na como "o direito dos povos a uma alimentação sã no respeito das culturas, conseguida com a ajuda de métodos sustentáveis e amigos do ambiente, bem como o direito a definir os seus próprios sistemas alimentares e agrícolas". Pretendem que este direito dos povos a se alimentarem a si mesmos seja reconhecido pelos Estados e organismos internacionais e permita uma remuneração justa do trabalho das explorações familiares agrícolas.
De facto, a auto-suficiência alimentar apoiada pelos Estados e apregoada nos anos 70, falhou, tendo sido substituída nos anos 90 pela noção de segurança alimentar. O objectivo é possibilitar a todos o acesso a alimentos em quantidade e qualidade suficientes, independentemente da sua origem, produzidos localmente, oferecidos a título de ajuda alimentar ou importados. É por este motivo que os defensores do comércio livre exigem a abertura dos países às importações de produtos alimentares, afirmando que os consumidores de todo o mundo têm o direito de pagar os seus alimentos o menos caro possível. Mas num mercado mundial dominado pelas grandes empresas agro-alimentares e pelos agricultores subsidiados dos países ocidentais, os preços agrícolas sofreram uma quebra a partir dos anos 90. Uma dura concorrência para os pequenos produtores ACP que não conseguem viver dos rendimentos da terra.
Uma dependência alimentar crescente
Paralelamente, a dependência alimentar de muitos países em desenvolvimento aumentou fortemente. Na África ocidental, as importações de arroz (Esporo 65), principal cereal consumido, foram multiplicadas por 8 desde 1960 e as de carne por três em vinte anos. As divisas resultantes das exportações agrícolas de África ocidental cobrem apenas os custos das importações alimentares, sendo 70% produtos concorrentes das produções locais.
Alguns países alimentam-se quase exclusivamente de produtos importados. É o caso das Seicheles que importam quase tudo, dos cereais aos ovos. Uma evolução recente que está ligada ao número crescente de turistas e que custa mais de 500 milhões de USD por ano ao país. Como elas, muitas outras ilhas, em particular do Pacífico, tornaram-se igualmente muito dependentes do exterior. Os seus habitantes consomem cada vez mais alimentos industriais provenientes do exterior e têm graves problemas de saúde (Esporo 67). Nas Caraíbas, o arroz e a carne de porco importados dos EUA prejudicam as produções locais.
Em muitos países, os consumidores alteraram os seus hábitos alimentares e os produtores foram excluídos dos mercados locais pelos produtos da agricultura industrial vendidos a baixo preço. Face a esta situação, produtores e consumidores querem recuperar o controlo da sua alimentação e dos meios que contribuem para a sua produção, transformação e distribuição.
Em todas as regiões do mundo - em África, na Ásia-Pacífico, na América latina e nas Caraíbas -, emergiram redes e coligações de produtores para defender o seu direito à soberania alimentar. As reivindicações dirigem-se por um lado à OMC com o objectivo de mudar as regras do comércio mundial, e por outro lado aos governos para que adoptem políticas agrícolas favoráveis aos produtores locais. Por seu lado, a FAO, através das Directrizes voluntárias desenvolvidas em 2004, incita os Estados a concretizar o direito à alimentação, o direito para todos a uma alimentação digna.
Permitir aos países em desenvolvimento proteger a sua agricultura como o fazem os países desenvolvidos através de subvenções é actualmente um objectivo central na maior parte das reivindicações. No seio da OMC, os países pretendem, como os camponeses da Ásia e do Pacífico na sua declaração de Maio de 2006, que "a soberania alimentar prevaleça sobre o comércio livre". Foi neste ponto que esbarraram as negociações comerciais internacionais da ronda de Doha interrompidas em Julho de 2006. Os países desenvolvidos recusavam colocar em causa as suas subvenções aos produtores, exigindo a abertura dos países em desenvolvimento às importações. Para avançar, o G33, um grupo de países em desenvolvimento, pediu recentemente a instauração de medidas de salvaguarda especiais para listas de "produtos sensíveis" que beneficiariam deste modo de protecção.
Os países ACP fizeram o mesmo pedido à UE nas discussões sobre os Acordos de Parceria Económica (APE). Consideram que "a reciprocidade defendida pela Comissão Europeia apenas significa a abertura dos mercados dos países ACP para os exportadores da UE" e que os seus produtores vão sofrer com importações agrícolas europeias subsidiadas. Para alguns economistas, este "proteccionismo" é a única forma de apoio possível à agricultura dos países em desenvolvimento que não possuem os meios para subvencionar os seus produtores. Alguns países já o fazem para proteger algumas culturas: a Guiné para a batata, o Senegal para a cebola e a Nigéria para a mandioca.
Primeiros passos a concretizar
A limitação ou interdição das importações faz correr o risco de uma subida do preço dos alimentos para a população, ou até mesmo de carências alimentares se a produção nacional ou regional não for suficiente. É por esta razão que se solicita, paralelamente, aos governos ajudas aos pequenos agricultores, maioritários nestes países, para melhorar a sua produtividade. A soberania alimentar deve ser acompanhada de reformas fundiárias para uma repartição equitativa das terras com um enquadramento favorável: acesso à água, ao crédito e aos factores de produção. As organizações de produtores solicitam por conseguinte a instauração de verdadeiras políticas de desenvolvimento agrícola.
Alguns países ou regiões começaram a colocar a soberania alimentar no centro das suas políticas agrícolas e comerciais. Em África, o Quadro de Política Agrícola para a África Ocidental (ECOWAP) da CEDEAO, adoptado em Janeiro de 2005, tem por objectivos "assegurar a segurança alimentar da população rural e urbana de África ocidental e a qualidade sanitária dos produtos, no quadro de uma abordagem que garanta a soberania alimentar da região" e "reduzir a dependência face às importações". Em Novembro de 2006, o Fórum de Niamey, no Niger, insistiu uma vez mais na importância de defender este conceito na sub-região. No Mali, a lei de orientação agrícola de Agosto de 2006 persegue os mesmos fins.
Mais recentemente, nos Camarões, a Associação de Cidadania de Defesa dos Interesses Colectivos (ACDIC) reuniu mais de 700 000 assinaturas na campanha "Produzir o que comemos e comer o que se produzimos". Agricultores, e também, o que é novo, consumidores das cidades, assinaram em massa a petição dirigida ao governo para pedir o restabelecimento das subvenções à agricultura afim de favorecer a produção local.
No seu État de l'insécurité alimentaire dans le monde en 2006 (Estado de insegurança alimentar no mundo em 2006), a FAO afirma que o apoio à agricultura é uma prioridade: "A concentração da fome nas zonas rurais mostra que nenhuma redução sustentável da fome é possível sem investimento consequente no desenvolvimento rural e agrícola". É uma questão de vontade política. n train entreteriment

domingo, 24 de maio de 2009

Amostra lunar a descoberto

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Quando o homem foi à Lua, não veio de mãos vazias. No ano internacional da Astronomia todas as atenções se viram para o céu. Contudo, Há pedaços de lá de cima que já desceram até coimbra.

Pesa cerca de 109 gramas, é cinzenta e facilmente cabe na palma da mão. À primeira vista, parece uma rocha qualquer mas não é. Primeiro tem três mil milhões de anos. ou seja é mais velha do que 98 por cento das rochasterrestres. Depois, fez uma longa viagem, já lá vão quase 40 anos, para chegar até ao homem. Basalto lunar ou pedaço da lua? O nome tanto faz, a verdade é que nunca um bocado do céu esteve tão perto.
Astronautas, foguetões, viagens espaciais que ultrapassam as barreiras do tempo e do espaço. Corria o ano de 1969 quando o homem chegou à Lua. Hoje 40 anos depois`é a Lua que chega até ao homem. O Museu da Ciência, com o apoio da Nasa e da Critical Softwere, decidiu inovar. Assim, desde ontem e até ao dia 24 de julho, a amostra lunar estará bem à vista de toddos.

Europeias

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Europeias
JS Acusa Rangel de apresentar "cosmeticamente" programa que ja existe

O secretário-geral da Juventude Socialista, Duarte Cordeiro, acusou ontem o cabeça-de-lista do PSD às Europeias de apresentar " cosmeticamente" o projecto Erasmus Emprego como sendo novo, quando já existe um semelhante, o Leonardo da Vinci. "Ele [ o cabeça-de-lista socialdemocrata às eleições europeias, Paulo Rangel] não veio criar nada de novo. Ele qunto muito quer alterar um programa que já existe, que se chama Leonardo da Vini. Cosmeticamente, tenta-nos dizer que quer criar uma coisa nova que já existe", sustentou o secretário -geral da Juventude Socialista, Duarte Cordeiro, numa reacção à agência Lusa às declarações do também líder parlamentar do PSD. Duarte Cordeiro invocou que a alternativa socialista, apresentada a 14 de Fevereiro, prevê, em contrapartida, "a democratização do Erasmus" [programa que permite aos universitários estudarem em diferentes países da União Europeia]. Ou seja, " reforçar a componente financeira, por parte da Comissão Europeia, do programa para que mais jivens possam fazer Erasmus", defendeu.

sábado, 23 de maio de 2009

Hoje nada pra contar...

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é rox................
..............................rox é!

domingo, 17 de maio de 2009

Up cicling

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Antes dos seres humanos, os gatos já descobriram as vantagens de utilizar os móveis de papelão, quer seja para lazer, exercícios físicos ou para descanso.
Quando será que os racionais humanos vão chegar a mesma conclusão?

Climax do Teu Planeta

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Perguntas respondidasMostre-me outra »
Dê sua conclusão sobre esse tema do aquecimento global e tente dar alguma solução para este caso??
Aquecimento pode secar a Amazônia, alertam cientistasFloresta pode se transformar em imenso cerrado e perder sua biodiversidade. Painel do Clima, da ONU, foi aberto nesta segunda com previsões para todo o mundo.Floresta Amazônica pode ter toda a sua biodiversidade transformada em um imenso cerrado, alertam cientistas reunidos em Bruxelas, na Bélgica, para a abertura do Painel do Clima, da ONU, nesta segunda-feira (02). É um cenário de extinção como o planeta nunca viu antes.Na Cordilheira dos Andes, geleiras podem desaparecer em apenas 15 anos. No Himalaia, na Ásia, o derretimento pode causar falta de água na região mais populosa do mundo. Em um primeiro momento, o aquecimento global deve causar aumento na produção agrícola das áreas afastadas do Equador, como Estados Unidos, Rússia e Canadá. Na América do Sul, no entanto, a produção deve cair. Na África, praticamente parar. Como em outras tragédias,os pobres serão mais afetados do que os ricos.

Amazônia

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Vigília: A Amazônia tem um limite, alerta pesquisador - 14/05/2009 Local: São Paulo - SP Fonte: Amazonia.org.br Link: http://www.amazonia.org.br/ Thais IervolinoSe houver um desmatamento maior do que 40% da floresta, o bioma Amazônia não poderá mais ser mais recuperado. É o que constata Carlos Nobre, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).“Há um limite para a Amazônia: 40% de devastação de suas florestas. Se isso for ultrapassado, o clima muda. Haverá uma mudança permanente. Outro limite é o aquecimento global: pode-se chegar até 3,5ºC. Já chegamos a 0,8º”, afirmou o pesquisador, durante sua fala na Vigília Amazônica, que aconteceu no Senado, em Brasília, até a madrugada de hoje (14).Na última parte da vigília, participaram também Adriana Ramos, do Instituto Socioambiental; Paulo Barreto, pesquisador do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) e Marcos Mariani, presidente da organização Preserve a Amazônia. “O primeiro problema ambiental do mundo é a Amazônia. A facilidade de acesso é um dos principais pontos que induzem a devastação. Outra questão é a que a legislação não está sendo cumprida”, alertou Mariani.VigíliaPedida ao Senado pelo movimento "Amazônia para Sempre", liderado pelos atores Christiane Torloni, Juca de Oliveira e Victor Fasano, a Vigília pela Amazônia teve inicio às 19h30 de quarta-feira (13) e terminou às 2h15 da madrugada de quinta-feira (14). Realizado no Senado Federal, em Brasília, o evento contou com a participação de ambientalistas e parlamentares empenhados em debater as atuais ameaças à Amazônia, a importância do bioma e o avanço de iniciativas sustentáveis na região. Seu objetivo foi chamar a atenção da opinião pública para a necessidade de conservação da floresta.Durante a ocasião, a senadora Marina Silva entregou ao presidente do Senado José Sarney e ao presidente da Câmara, Michel Temer, os projetos prioritários que interessam à Amazônia.

Breves

Cursos
Reconocer a alumnos com altas capacidades
Treinta psicólogos y profissionales de la decencia aprenderán a indentificar y tratar a alumnos superdotados o con altas capacidades en un curso organizado por el Colégio Oficial de Psicólogos de Balleares. Las jornadas consistirán en exposiciones con material audiovisual y ser´n impartidas por la psicóloga Rosabel Rodriguez

Dados
El tabaco genera un sobrecoste
El tabaco generó en 2008 un sobrecoste sanitário y social de 433 euros por ciudadano, lo que supuso un coste total de 16.474 millones de euros, según dados del Comité Nacional para la prevención del Tabaquismo. El CNPT propone "un incremento de la fiscalidad del tabaco a fin de desincentivar el consumo y contribuir a compensar este sobrecoste.
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Mallorca

Solo 16 por ciento
de los residentes
de la UE podrá votar
en las Europeas.

Televisión y Radio

`Las ciudades de Berlín y Hamburgo,
Protagonista de Balears pel món´

Sarkozy, um aliado contra Eta.

O presidente francês reafirmará
a Zapateiro seu compromiso de acabar
com o grupo separatista basco.

La Gendarmería francesa continúa la búsqueda
de los etarras huidos tras una persecución.

Cataluña

Montilla pide confianza para pactar la financiación
Barcelona. El presidente catalán José Montilla, reivindicó ayer, su gestión al frente del Govern de la Generalitat con la vista puesta en una alianza tripartita que tiene un proyecto de país hasta 2020 y pidió, antes las críticas de CiU, la confianza y el aval de su partido en la ´hora decisiva`para pactar la financiación. Efe

Aquiler de quarto, casa y apartamiento.


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Arrenda se quarto em coimbra portugal zona central. 175.00 mês despesas não incluídas.


Arrenda se casa t1 zona central de vila moura (algarve) somente para férias.-45.00€ por dia.(4 pessoas maximo).


Arrenda se t-3 em monte gordo (faro todo ano) proximo das universidades-450.00€ mês

sábado, 16 de maio de 2009

terça-feira, 12 de maio de 2009

Reutilizar, sem desperdiçar, aproveitando ao máximo todos os recursos!
Reciclando e vivendo!
Reutilize e utilize sua imaginação.

A terra agradece e o teu bolso também!

rox.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

up cicling

reutilizar:
reutilizamos tudo!
É este o tema. Com a palavra em circulação, fica fácil elaborar conceitos de protecção ambiental.
Por um mundo melhor e menos tóxico!
Pare, pense e respire!
É bom não é?!! Respirar sentir El PLANETA!
Ajude a diminuir emissões de poluentes para o mundo e da camada de ozónio.